Jovens que acharam meninas de Castelo relatam momentos de terror

Os jovens fizeram o caminho e acharam que as meninas estavam mortas

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A história do crime brutal na cidade de Castelo do Piauí ainda continua sendo alvo de diversas descobertas. Desta vez o site ‘Folha de São Paulo’ divulgou o relato dos jovens que foram responsáveis por encontrarem as jovens ensanguentadas no Morro do Garrote, atração turística do município.

Segundo eles, um grupo de jovens foram as pessoas responsáveis por encontrar as quatro meninas após terem sofrido um estupro coletivo e serem jogadas do morro com uma altura de 10 metros.

O relato desses jovens mostra descaso da polícia local. Isso porque no dia do crime cometido por quatro adolescentes e um adulto a polícia do município já estava fazendo rondas a procura do acusado, identificado como Adão, já que ele tinha assaltado um posto de combustível e atirado na gerente dias antes.

Ao chegar no morro, a guarnição encontrou as motos usadas pelas meninas, subiram no local, mas não encontraram ninguém. Desceram e levaram as motos para a delegacia.

O irmão de uma das meninas reconhece as motos e fala para a família, logo o desaparecimento das meninas já é assunto na cidade. De início todo mundo pensa em sequestro, os moradores relatam que compareceram a polícia, mas só tinha um policial à paisana que disse que não poderia fazer nada por estar sozinho.

Foi assim que os jovens, amigos das meninas, usando facão e lanternas subiram o morro na tentativa de achá-las sem ajuda policial. Um dos jovens refez o caminho, e detalhou. “Nós primeiro vimos um short no chão, depois um sutiã em uma árvore”, contou I., de 17 anos.

O outro jovem identificado como Franklin, de 22 anos, foi o que mais vasculhou o local e foi até a beira do precipício apontando a lanterna para baixo. Naquele momento ele encontrou as meninas. “Eu pensei que elas estavam mortas”, descreveu.

As garotas estavam ainda amordaçadas com suas próprias roupas. Ao se aproximar delas, percebeu que uma estava consciente. "Para, pelo amor de Deus", disse a menina, pensando se tratar ainda dos seus estupradores. Ao saber que estava nas mãos de amigos, chorou, agradecida.

As outras continuavam desmaiadas, mas eles viram que elas estavam respirando. “Nós cortamos panos e cordas que estavam no pescoço delas. Tiramos nossas camisetas para cobri-las. Também proibi que tirassem fotos delas. Cheguei a quebrar o celular de um dos caras.”, disse.

Edison Lima, coordenador da Polícia Civil local, diz que a população ajudou, mas não houve omissão da polícia. "Foi um trabalho conjunto", diz. Segundo ele, mais de 80 policiais da região foram deslocados para o município.

Para Jorge Feitosa, pai de Danyelle, 16, que morreu no vítima dos ferimentos do estupro coletivo, os policiais falharam. "Se tivessem vasculhado a área direito, quando encontraram as motos, eles teriam fugido e, talvez, não teriam tido tempo de fazer o que fizeram.”, falou.



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