Eletricista é condenado a 22 anos de prisão por morte de criança

O eletricista perdeu o controle do veículo a atingiu mais quatro crianças.

Ribeiro foi condenado pelo atropelamento e morte de uma menina de seis anos em 2011. | Divulgação
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Em audiência que durou pouco mais de dez horas no Fórum de Uberlândia (537 km de Belo Horizonte), a Justiça condenou o eletricista Reginaldo Freitas Ribeiro, 31, a 11 anos e seis meses de prisão pelo atropelamento e morte da menina Maria Eduarda Nunes Mesquita, 6, e mais seis anos de reclusão por três tentativas de homicídio por ter atropelado outras três crianças, que ficaram feridas no acidente.

Na noite do crime, em abril de 2011, Reginaldo Ribeiro estava no carro dele com a mulher e, segundo a Polícia Militar na época, avançou o sinal de pare em uma esquina do bairro Nova Uberlândia, zona sul da cidade, e atropelou o motociclista Vanderley Donizete Rodrigues, de 36 anos. O homem chegou a ser levado para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), mas morreu logo em seguida.

Após atropelar o motociclista, o eletricista perdeu o controle do veículo a atingiu mais quatro crianças que brincavam na calçada da casa, cerca de 150 metros de distância da esquina. O homem passou por cima de Maria Eduarda, que sofreu politraumatismo e traumatismo craniano. Ela não resistiu. Na época, a PM informou que Ribeiro estava em alta velocidade e com sintomas de embriaguez.

Por ter atropelado e matado o motociclista, a juíza da Vara de Crimes Contra a Pessoa, Ivana Fidelis Silveira, condenou o eletricista a mais cinco anos de prisão. A decisão ainda cabe recurso, e o réu continuará preso.

Outro lado

A advogada do réu, Ana Lúcia Nascimento, disse o que "acidente foi uma fatalidade". Porém, o promotor responsável pelo caso, Fernando Henrique Zordan, reafirmou que o eletricista estava embriagado e assumiu o risco de causar a morte dessas pessoas.

A mãe de Maria Eduarda, Renata Nunes Mesquita, disse estar satisfeita com a condenação de Ribeiro. "Sinal de que existe justiça nesse país. Ele está preso, mas a família dele está aqui e completa, a minha não. Nada vai trazer minha filha de volta, mas ele não poderia ficar impune."

Sequelas

As outras três crianças atropeladas pelo eletricista ainda guardam sequelas do acidente. A mãe de uma delas, Telma Cardoso dos Santos, conta que até hoje a filha faz fisioterapia para tentar recuperar os movimentos da perna.

"Ela sofreu politraumatismo e teve a perna comprometida. Ela consegue caminhar, mas com dificuldade. Enquanto eu tiver condições ela continuará na fisioterapia, mesmo sabendo que as chances de se recuperar são mínimas."

Telma dos Santos também aprovou o resultado do julgamento. Segundo ela, o que aconteceu não foi um acidente, mas, sim, um crime. "Ele estava alcoolizado e ainda tentou fugir naquela noite."



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