Angela Valeria Ferreira, de 21 anos, mãe do bebê Wesley Carvalho Ferreira, morto durante um ritual realizado pela própria família, deve passar por exames de sanidade mental diante do envolvimento no caso, segundo a conselheira Tutelar Socorro Arraes. A mãe foi presa pela Polícia Civil na última segunda-feira (21), junto ao pai da criança e os avós paternos do menino.
Em entrevista ao Meionorte.com, a conselheira explicou que é visível que Angela tenha algum transtorno mental, o que também é relatado por seus familiares. Conforme a conselheira, nos primeiros dias de investigações caso, o órgão já ia levar a mãe para um posto de saúde visando um encaminhamento a um psiquiatra ou psicólogo. Para Socorro Arraes, um acompanhamento nesse sentido pode ajudar até a Polícia Civil a esclarecer alguns fatos.
“A Angela, quem conversa com ela, percebe, mas como não tem nada que comprove, a família diz que ela tem um pouco de deficit, mas a gente conversando percebe que ela, é uma pessoa que visivelmente a gente vê que ela tem um distribuiu, digamos assim. E a família confirma que toda vida ele teve um atraso, só que eles não têm como provar porque não houve um exame, um acompanhamento médico e psiquiatro nem nada. O que a gente iria fazer a terça após o atendimento dela, tínhamos conversando com a médica do posto de saúde daquela zona, que é o posto da Estaca Zero, seria para a doutora conversar com ela e fazer um encaminhamento para o psiquiatra. Eu acredito que através de um profissional, a própria polícia vai descobrir muito mais através dela, hoje ela se encontra em tanta pressão psicológica, que ela que diz que vivia ameaçada e sofreu, tem que haver a questão do psiquiatra e psicologo para poder ela voltar, pelo menos, a ter ciência dos fatos”, explicou.
O Conselho Tutelar foi até a residência onde a família morava, localizada na Vila Joana Darc, zona Leste de Teresina, nesta quarta-feira (23), para tentar colher mais informações. Além disso, a residência esta que sofreu uma tentativa de invasão e depredação por parte de populares revoltados. Na casa haviam alguns menores que foram acolhidos por um tio, que também mora na mesma rua. Segundo a conselheira, no bairro, a vizinhança os conhece e não imagina que algo nesse sentido poderia acontecer. Já no povoado São Bento, entre Teresina e Altos, onde ocorreu o ritual, os envolvidos não mantinha contato com os vizinhos.
“Nós fomos à casa onde ela morava, mas lá não tem ninguém, só as crianças que era para estar na casa, estão na casa de um tio que mora na mesma rua. Eu ouvi de populares que estão chocados porque lá no interior, eles não tinham contato com os vizinhos, já aqui em Teresina o cenário é diferente. Alguns vizinhos falaram com a gente que nunca ouviu falar nada de errado deles”, disse.
Socorro Arrais destacou ainda que Angela Valeria pode passar por exames dentro do presídio onde se encontra presa, o que para ela, seria necessário no âmbito das investigações, pois Angela poderia dar detalhes até então desconhecidos pela polícia.
“Ela realmente deve passar por exames, pois dentro dos presídios tem esses profissionais. A gente ia fazer, pois, somos um órgão requisitador de serviços. Íamos pedir um médico conversasse com ela e fizesse um acompanhamento. Em nenhum momento estamos isentando ela no crime, mas ela tem que ser ouvida, passar por um profissional da psiquiatria, psicologia, para que a gente tenha um desfecho desse caso, por tudo que aconteceu lá e só quem pode nos dizer o que realmente aconteceu é ela”, finaliza a conselheira.
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