Mãe levou Henry ao hospital após suposta tortura; veja boletim

A prova mais contundente até agora, segundo a polícia, foi encontrada durante a perícia no telefone de Monique

Mãe levou Henry ao hospital após suposta tortura; veja o boletim | Reprodução
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Caso que vem gerando comoção em todo o país, nesta semana, o vereador Dr. Jairinho e Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, foram presos por homicídio duplamente qualificado. Em um mês de investigação, a polícia ouviu mais de 20 depoimentos e realizou três perícias no apartamento do casal, no Rio.

A prova mais contundente até agora, segundo a polícia, foi encontrada durante a perícia no telefone de Monique. O print de uma conversa entre ela e a babá, Thayná de Oliveira Ferreira, do dia 12 de fevereiro, revela, de acordo com os investigadores, a rotina de sofrimento de Henry, que tinha 4 anos.

Neste sentido, o programa Fantástico, da Rede Globo, descobriu que no dia seguinte à conversa entre Monique e a babá, Henry foi levado para a pediatria do mesmo hospital onde chegaria morto na madrugada do dia 8 de março. Nos depoimentos, elas não citaram esse episódio, que pode ser uma prova definitiva dos maus-tratos sofridos pela criança.

BOLETIM: Henry chegou ao hospital mancando

A senha da pediatria mostra que ele chegou no hospital ao meio-dia do dia 13 de fevereiro. No boletim médico, aparece o nome de Henry Borel Medeiros e do responsável: Monique Medeiros da Costa e Silva. Ela relatou que o filho caiu da cama no dia anterior, por volta das 17 horas. Exatamente na mesma hora em que a babá relatava as supostas agressões que o menino sofreu de Jairinho. E que Henry acordou com dor local de claudicação, sem febre ou outros sintomas. O documento registra ainda dor à mobilidade e diz "claudicando à deambulação", o que significa que ele estava mancando.

O programa também teve acesso a uma radiografia feita naquele dia no joelho esquerdo. O resultado mostra a estrutura óssea foi preservada. 

Dr Jairnho e Monique foram presos pela morte de Henry; o pai do menino pede justiça (Foto: Reprodução)

Henry teria sido agredido ao reclamar do som da TV

O jornalístico ainda teve acesso aos laudos de duas perícias realizadas no apartamento onde viviam Jairinho, Monique e Henry, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Os peritos retiraram amostras de manchas na parede da sala. No depósito da área de serviço, observaram uma sacola de papel com molduras de fotos do casal e, nas gavetas, encontraram diversos medicamentos de uso controlado, tarja preta.

O laudo da perícia da reprodução simulada no apartamento tem 36 páginas assinadas por oito peritos criminais. Monique e Jairinho não compareceram e dois agentes, um homem e uma mulher, reproduziram o passo a passo de seus depoimentos. Na simulação, eles usaram um boneco com o peso e a altura do Henry.

A simulação reproduziu o que teria acontecido entre as 20h do domingo, 7 de março, quando Monique decide dar banho em Henry, e o momento em que a criança é levada para o hospital, às 4h09.

Depois do banho, Monique afirma que foi até a suíte do casal e colocou o filho para dormir. Jairinho e Monique contaram que assistiram a uma série na sala até a 1h50, e que Henry chegou a acordar três vezes.

Segundo a perita, a criança pode ter ido à sala e ter recebido algum tipo de agressão na cabeça, depois no abdômen, e foi sendo agredida até morrer.

"Ele teve agressões de baixa energia, teve uma agressão mais leve, até aquelas no fígado, que são de alta energia”, explica Denise.

Logo depois, os dois teriam ido para o quarto de hóspedes, já que o barulho da televisão incomodaria o sono do menino. Por volta de 3h30, Monique disse que acordou, quando viu a TV ligada e Jairo dormindo ao seu lado e, então, encontrou o filho caído no chão. Henry teria sido embrulhado e levado às pressas para o hospital.

A análise técnica da perícia apontou divergências entre o depoimento do casal à polícia e o que relataram no hospital. Duas médicas falaram que Monique disse para elas que acordou porque ouviu um barulho no quarto.



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