Mulheres são vítimas da violência em São Luís

Muitas têm medo do preconceito, rejeição ou ainda de represálias por parte do agressor

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Cerca de 5 mil casos de viol?ncia contra a mulher foram registrados ano passado em S?o Lu?s pela Delegacia Especial da Mulher. Dos casos atendidos diariamente, a maioria ? de les?es corporais, amea?as, inj?ria e danos materiais. S?o muitas as mulheres que buscam socorro na delegacia contra maridos, companheiros, filhos e vizinhos.

Muitas t?m medo do preconceito, rejei??o ou ainda de repres?lias por parte do agressor. Por isso, preferem n?o ser identificadas, como ? o caso de F. L. A., 29 anos, moradora do Bairro de F?tima, que procurou a delegacia pela primeira vez, esta semana, ap?s 10 anos de agress?es. ?Tenho sofrido constantes amea?as, porque meu marido n?o quer aceitar a separa??o. Eu esperei muito tempo para tomar uma atitude, mas nunca ? tarde e agora eu resolvi denunciar. J? sa? de casa e pretendo ir at? o fim?, relatou ela.

Desde 2006, as v?timas de viol?ncia dom?stica contam com uma prote??o a mais, j? que em 7 de agosto desse ano o presidente Luiz In?cio Lula da Silva sancionou a Lei Maria da Penha, que altera o C?digo Penal brasileiro e possibilita que os agressores sejam presos em flagrante ou tenham pris?o preventiva decretada, al?m de aumentar o tempo m?ximo de deten??o de um para tr?s anos.

A nova lei levou as v?timas a recorrerem mais ?s delegacias. A manicure M. A. R., residente no Anjo da Guarda, disse j? ter denunciado o ex-marido diversas vezes. ?Ele batia muito em mim e no meu filho. J? estou separada, mas ele vive me amea?ando de morte. J? registrei mais de 10 queixas contra ele e continuarei denunciando. Acho muito importante que as mulheres n?o aceitem agress?o e denunciem mesmo?, declarou a manicure.

Segundo a delegada Kazumi Tanaka, a Delegacia Especial da Mulher recebe uma m?dia de 15 ocorr?ncias di?rias, sendo que este n?mero chega a dobrar em per?odos festivos, como Carnaval, S?o Jo?o e festas de fim de ano, al?m de fins de semana e feriados prolongados.

Para ela, a viol?ncia contra a mulher ? um reflexo cultural do machismo que ainda impera no Brasil. ?? a velha hist?ria: em briga de marido e mulher, ningu?m mete a colher, e as mulheres se resignam e acabam conformadas com as agress?es?, afirmou ela.



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