“Não foi fatalidade, foi um crime”, diz esposa de homem morto pela PRF

A mulher de Genivaldo de Jesus Santos disse em entrevista que os policiais ‘agiram com crueldade’, no momento que abordaram o marido.

Genivaldo | Reprodução
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A mulher de Genivaldo de Jesus Santos, morto durante uma ação dos agentes da Polícia Rodoviária Federal na quarta-feira, 25 de maio, disse em entrevista que os policiais ‘agiram com crueldade’, no momento que abordaram o marido.

“Eu não chamo de fatalidade, isso foi um crime mesmo, eles agiram com crueldade para matar mesmo”, disse a mulher identificada como Maria Fabiana dos Santos durante entrevista à TV Sergipe.

Segundo ela, o seu esposo tinha esquizofrenia e por conta disso, tomava remédios controlados há 20 anos, mas durante esse período, nunca demonstrou nenhum tipo de comportamento agressivo.

Esposa diz que o fato não pode ser considerado uma fatalidade - Foto: Reprodução

“Eu vivo com ele há 17 anos, ele tem 20 anos que tem esse problema dele, mas nunca agrediu ninguém, nunca fez nada de errado. Sempre fazendo as coisas pelo certo. E num momento desses pegaram ele e fizeram o que fizeram”, declarou ela.

De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda após policiais montarem uma espécie de ‘câmara de gás’ em uma viatura e prenderam o homem.

Em nota, a PRF informou ter instaurado um procedimento para apurar a conduta dos agentes envolvidos. “Ele foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil. No entanto, durante o deslocamento, passou mal, foi socorrido e levado para o Hospital José Nailson Moura, onde posteriormente foi atendido e constatado o óbito”, detalhou a corporação.

Homem foi colocado no porta-malas da viatura da PRF - Foto: Reprodução

A PRF alegou também que a vítima resistiu “ativamente” à abordagem e que teriam sido “empregadas técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção” para tentar contê-lo.

Familiares, no entanto, alegam que não houve resistência por parte de Genivaldo. “Na hora que foi abordado, ele levantou as mãos, levantou a camisa e mostrou que não estava com arma nenhuma”, disse o sobrinho Wallison de Jesus, que estava no local e presenciou a abordagem.



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