Pai de jovem morta por palhaço pede condenação

O julgamento que inocentou o palhaço, no ano passado, foi anulado pelo Tribunal de Justiça, por suspeita de que houve um erro no veredicto do juri

Valter Leite | Andrê Nascimento
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

"Enquanto vida eu tiver, lutarei para ver esse indivíduo na cadeia", esbravejou, emocionado, o senhor Valter Leite, pai de Kaisa Helane, a jovem que foi assassinada pelo ex-marido, Washington Barros Silva, que trabalhava como palhaço de circo. "Eu acredito na força de Deus, e sei que ele será condenado, pelo poder Deus e da justiça", disse. O julgamento que inocentou o palhaço, no ano passado, foi anulado pelo Tribunal de Justiça, por suspeita de que houve um erro no veredicto do juri.

Kaisa Helane foi morta pelo ex-marido, que não aceitava o término do relacionamento. Washington encontrou com Kaisa em uma churrascaria de Teresina. O palhaço saiu de casa armado de seu revólver, e entrou no banco de trás do carro de Kaisa. Eles discutiram, e Washinton segurou Kaisa pelo pescoço, por trás, e disparou contra o peito da jovem. A defesa defendeu que Washinton não tinha a intenção de matar, e que o disparo foi acidental.

Para Valter Leite, a ideia do tiro acidental não faz sentido. "Alguem que sai de casa armado não tem intenção de bater papo não. Aquela arma vivia escondida dentro do guarda-roupa", disse o pai de Kaisa. Ele afirmou ter ficado aliviado com a decisão do Tribunal de Justiça. O julgamento feito no ano passado julgou o crime de Washington culposo, quando não há a intenção de matar. Mas a promotoria afirma que o semblante dos membros do júri ao final da seção era de decepção, e entendeu que o sentido da palavra "culposo" foi confundida com a ideia de culpa. O juri teria pensado afirma que a "culpa" era de Washington, e não que seu crime era "culposo".

Um dos advogados de Washinton, Talmy Tércio, argumentou que o disparo foi acidental por uma falta de perícia do palhaço, e que se a intenção foi executar Kaisa, teria disparado direto contra o rosto dela, ou outro local. Talmy disse também que entende o sofrimento da família e que concorda com o pai de Kasia. "O código penal tem de ser revisto. A pena para crime doloso é de quatro anos, no máximo, e pode ser diminuida por bom comportamento, bons antecedentes...", disse.

Talmir Tércio, advogado do palhaço Washington (Foto: Andrê Nascimento)



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES