Polícia Federal prende traficantes suspeitos de vários ataques a UPPs no Rio de Janeiro

Prisão ocorreu em Búzios em ação conjunta com a Polícia Civil. Havia recompensa de R$ 5 mil por pistas que levassem ao criminoso.

Recompensa para prisão de Duda 2D era de R$ 1 mil | Reprodução/Internet
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A Polícia Federal prendeu, nesta segunda-feira (21), pelo menos dois criminosos suspeitos de articular os recentes ataques a Unidades de Polícias Pacificadoras (UPPs) no Rio. Bruno Eduardo da Silva Procópio, de 33 anos, conhecido como Bruno Piná e apontado como um dos chefes do tráfico na Vila Cruzeiro, e Eduardo Luis Paixão, o Duda 2D, de 40, que estaria à frente do tráfico no Alemão, foram presos em Búzios, na Região dos Lagos, em ação conjunta com a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Polícia Civil, de acordo com informações do RJTV.

(Correção: O G1 errou ao publicar que Bruno Piná seria chefe do tráfico do Conjunto da Maré. O erro foi corrigido às 12h35.)

Os dois e mais um terceiro presos, cuja identidade não havia sido revelada até as 14h30, foram levados de helicóptero de Búzios para a Cidade da Polícia, em Bonsucesso, Zona Norte do Rio.

A ação na Região dos Lagos contou com dois helicópteros. O Disque-Denúncia oferecia R$ 5 mil pela prisão de Piná, uma das maiores recompensas já pagas. A recompensa pela prisão de Duda 2D era de R$ 1 mil. No momento da prisão, eles estavam acompanhados de familiares na casa de luxo de Piná, em Búzios.

De acordo com o RJTV, foi dessa casa de Búzios que Piná ordenou ataques a quatro ônibus e outros três veículos na Rodovia Amaral Peixoto, na altura do quilômetro 4, perto da comunidade do Caramujo, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, neste sábado (19).

Ataques a UPPs

Desde o início de 2014, criminosos praticaram uma série de ataques a comunidades pacificadas. Em janeiro, suspeitos atiraram um coquetel molotov contra a UPP do Alemão, no Conjunto de Favelas do Alemão. O artefato atingiu dois carros que estavam parados na frente do prédio. No fim de fevereiro, criminosos incendiaram um contêiner no Morro do Gambá, que fica no Conjunto de Favelas do Lins. Criminosos também atiraram contra a base da Camarista Méier, na mesma ocasião.

Também em fevereiro, a soldado Alda Rafaela Castilho, da UPP Parque Proletário, no Conjunto de Favelas da Penha, foi morta após ser baleada na barriga por criminosos, durante uma patrulha a comunidade. No mesmo mês, o policial Wagner Vieira da Cruz foi baleado na cabeça, na Vila Cruzeiro, também no Conjunto de Favelas da Penha, e morreu.

Já em março, o subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro, Leidson Acácio Alves Silva foi morto durante um confronto entre policiais e criminosos. No mesmo mês, policiais da UPP da Rocinha foram atacados a tiros.

Em março deste ano, criminosos atacaram simultaneamente as Unidades de Polícia Pacificadora de Mandela, em Manguinhos, e da Camarista Méier, no Conjunto de Favelas do Lins de Vasconcelos, no Subúrbio. Em Manguinhos, os suspeitos também atearam fogo a dois carros da Polícia Militar. Esses ataques levaram o Governo do estado a pedir a ajuda das Forças Armadas ao Governo federal para auxiliar na pacificação do Conjunto de Favelas da Maré.

Quem são os criminosos

De acordo com o Disque Denúncia, Piná faz parte do tráfico de drogas que age no Conjunto de Favelas da Penha e ainda gerencia alguns pontos de drogas naquela comunidade. Primo do traficante Luiz Fernandes Procópio Ferreira, o Escobar, Piná é apontado como o segundo homem na hierarquia no Complexo da Penha. Pelo Sistema de Cadastramento de Mandados de Prisão, há um mandado de prisão expedido pela 16ª Vara Criminal da Capital, pelo crime de associação ao tráfico.

Duda 2D, de acordo com o Disque Denúncia, seria o responsável por toda contabilidade do crime que existia no Alemão. Em fevereiro de 2011, foi condenado pela morte e esquartejamento de André Luis dos Santos Jorge, o Dequinha, em uma disputa pelo tráfico. O mandante do crime teria sido Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, preso na penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia. Em 2012, o criminoso foi um dos denunciados pela morte de uma PM da UPP Nova Brasília.



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