Polícia apresenta 4 suspeitos de sacrificar criança em ritual

O delegado Antônio Dutra agora busca o místico que contratou o casal para o ritual de morte

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A Polícia Civil de Caruaru apresentou nesta sexta-feira quatro suspeitos de terem participado da morte de uma criança de 9 anos na cidade de Brejo da Madre de Deus, no agreste de Pernambuco. Foram presos três homens e uma mulher. Segundo o delegado Antônio Dutra, eles podem ter recebido R$ 1,5 mil pelo crime.

Na quinta-feira, a polícia esclareceu a morte do menino Flânio da Silva Macedo, que foi encontrado decapitado e com sinais de violência sexual, na localidade de São Domingos. Segundo as investigações, a criança foi atraída por um casal, que foi contratado por um místico para entregar uma criança para um ritual macabro. Antes de ser morto, ele foi amarrado e abusado. Moradores do pequeno distrito de São Domingos cercaram a delegacia e queriam linchar os suspeitos.

Genival Rafael da Costa, 62 anos, e Maria Edleuza da Silva, 51, confessaram a participação no crime. Eles contaram ao delegado Antônio Dutra que foram contratados por uma pessoa para entregarem uma criança que seria utilizada para uma oferenda satânica. Pelo serviço, o casal receberia R$ 400. Eles disseram que o menino foi amarrado, teve um pano colocado em volta do pescoço, que foi apertado como um torniquete. A pressão separou a cabeça do corpo.

O menino morava no município vizinho de Santa Cruz do Capibaribe e a mãe registrou o desaparecimento depois que, no dia 1º, Flânio saiu para trabalhar carregando compras em uma feira com um carrinho de mão. Foi visto pela última vez com o carrinho cheio na frente de um homem que estava de bicicleta. Outros dois suspeitos foram presos na noite desta quarta-feira. Ednaldo Justo dos Santos, 33 anos, e Edilson da Costa Silva, 31, participaram do crime.

O delegado Antônio Dutra agora busca o místico que contratou o casal para o ritual de morte. Ele já suspeitava que o caso caminhasse para uma prática desse tipo, devido ao local onde o corpo do menino foi encontrado. Havia roupas que não eram da criança, velas, garrafas de bebidas alcoólicas vazias, bonecos de pano, representações do sol e da lua. "Objetos muito sinistros", classificou Dutra.

A informação de que os autores do crime foram presos levou uma pequena multidão até a delegacia. Os presos foram transferidos, mas a pressão dos moradores continuou. Pedras foram arremessadas contra a delegacia, um carro da polícia teve o para-brisa estilhaçado e outro veículo foi incendiado. A casa do casal que confessou o crime foi depredada e seus objetos serviram de combustível para uma pequena fogueira. A polícia solicitou reforço em Caruaru, o maior município do interior pernambucano.



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