Polícia Civil prende outro envolvido em sequestro de bebê

A descoberta de suposta quarta vítima reforça a suspeita da polícia de que uma quadrilha de tráfico de crianças estaria agindo em Saquarema.

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Frank Carlos Paulino de Jesus Cabral, de 24 anos, foi preso, nesta sexta-feira, por policias da 124ª DP (Saquarema). Ele é acusado de ter participado do sequestro de um bebê de apenas quatro dias de vida em Saquarema, na Região dos Lagos, no último dia 6.

De acordo com o delegado Luciano Coelho, titular da 124ª DP, Frank tentou sequestrar uma criança na manhã do dia 6 e participou do sequestro do bebê na noite do mesmo dia. Ainda segundo o delegado, ele foi reconhecido por uma das vítimas. Frank foi preso em flagrante com um carro roubado. Ele vai responder por sequestro e cárcere privado e receptação.

A descoberta de suposta quarta vítima reforça a suspeita da polícia de que uma quadrilha de tráfico de crianças estaria agindo em Saquarema, na Região dos Lagos. Outra moradora da cidade acusa o ex-assessor da Alerj Altair Ferreira dos Santos, 48 anos, de ter oferecido R$ 30 mil por seu filho de 4 anos.

Segundo o delegado da 124ª DP (Saquarema), Luciano Coelho, o caso foi em junho, quando a criança estava internada. Altair e sua mulher, Géssica Paulino Marinho, 20, estão presos, suspeitos do sequestro de um recém-nascido encontrado na residência do casal. Outras duas mulheres denunciaram problemas semelhantes.

Os acusados de sequestrar o menino Gustavo, que hoje completa oito dias de vida, teriam organizado uma festa para apresentar o bebê à falsa avó materna, informou nesta terça-feira a Polícia Civil. Altair e Géssica foram presos no último domingo, em Saquarema, na Região dos Lagos, onde ocorreu o crime.

?No sábado, eles fizeram festa para apresentar a criança à mãe da Géssica e a outros parentes deles. Os vizinhos contaram que viram a criança lá?, disse o inspetor César, chefe do Grupo de Investigação Complementar da 124ª DP (Saquarema), onde o caso foi registrado.

No imóvel onde ocorreu o evento, isopor com bebidas, cadeiras, mesas, saco de carvão e figuras de bichinhos colocados na parede evidenciavam tratar-se de confraternização infantil. Nesta terça, Altair foi exonerado do cargo que ocupava na Alerj. Segundo vizinhos do condomínio de classe média do bairro São Geraldo, era possível ver pela janela do quarto reservado à criança detalhes infantis como cortina de desenhos.

Os próprios policiais militares que resgataram Gustavo encontraram no cômodo um enxoval completo para a criança. ?Ele mesmo (Altair) disse inúmeras vezes aqui no condomínio que sua esposa estava grávida?, revelou uma vizinha.

A exoneração foi publicada no Diário Oficial da Alerj. O suspeito estava lotado no Departamento de Atas e Publicações com salário de R$ 706,99. O presidente da Casa, deputado Paulo Melo (PMDB), havia prometido exonerá-lo. Coca Melo, como é conhecido na região, também era administrador do Hospital Nossa Senhora Nazareth, em Bacaxá, com salário de R$ 1.130.

Apesar de querido na cidade de Saquarema, a vida entre quatro paredes de Altair com Géssica não seria só alegria. Brigas conjugais também seriam constantes, de acordo com vizinhos. Para viver no condomínio, Altair desembolsava R$ 550 de aluguel por um imóvel de dois quartos e dois banheiros. Para o delegado da 124ª DP, Luciano Coelho, está descartada a história de que a dupla teria pego a criança para receber herança de R$ 500 mil de um pai adotivo de Géssica.



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