Polícia investiga morte de adolescente vítima de “disparo acidental”

As investigações estão a cargo da Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

| Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Foto: Efrém Ribeiro.
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A morte do adolescente José Félix de Gomes Ferreira de Sousa, de 14 anos, vítima de um tiro de espingarda ocorrido no povoado Caiçara, zona rural de Teresina no último domingo, 8, passará por uma nova investigação para apurar as condições do crime. A Polícia, através do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) solicitou o laudo cadavérico do Instituto Médico Legal (IML).

O primeiro procedimento aberto investiga quantos tiros e onde realmente atingiu o menor. Numa primeira versão, os tiros teriam sido ocasionados de cima para baixo pegando o pescoço até a face. Logo depois surgiu o fato de que teria sido um tiro frontal. À frente da investigação, o delegado Jarbas Lima conta que a versão é do pai do garoto.

“Segundo o pai da vítima, o menor era um menino bom, havia saído de casa acompanhado de um adulto e outros dois menores para buscar a arma na casa de outro menor, que era vizinho no povoado e lá teria ocorrido o disparo. À princípio trataram como acidental, mas ele nos informou que o disparo foi frontal então vamos investigar se foi dado por ele mesmo ou se foi outra pessoa que atirou de forma culposa ou dolosa”, relata o delegado.

 Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Foto: Efrém Ribeiro.

No local do crime residiam apenas o pai e o filho. Sob o anonimato, na manhã desta quarta, 11, o professor de música e um dos tios do adolescente, disse à reportagem que os familiares não estão envolvidos com o morte do menor e que o contato com ele era difícil.

"Isso não foi um tiro acidental e está mais para um homicídio e que também o fato veiculado que um tio pediu para ele pegar essa arma não procede até porque nós, os tios biológicos e parentes moramos na zona Leste e não temos contato com esse adolescente. Eu, como tio dele, sou totalmente contra uso de arma de foco", afirma um dos tios.

Por conta disso, o tio está sendo prejudicado com as acusações. Proprietário de uma academia de música, alunos estão cancelando as aulas. "Dou aula há 23 anos e presto assistência na área nos centros de assistência social de musicoterapia,  estou sendo prejudicado porque o delegado (plantonista da central no dia do crime) disse que um tio teria dado a arma à criança e isso não é verdade. Já houve muitas desistências de alunos em alguns condomínios onde atendo. Isso tem afetado muito e não é só minha questão financeira, é a questão moral porque sou evangélico e isso tem me desgastado muito", desabafou o tio.

O tio relatou ainda que "a que a versão que a família tem é que o adulto e os dois adolescentes tinham ido chamar José Félix para ir à Igreja e por isso que o garoto havia saído de casa", completou. 

Ate é o momento, de acordo com a DHPP foi instaurado o procedimento de apuração de todas as circunstâncias do fato. O delegado responsável pelo caso já requisitou o laudo cadavérico ao Instituto Médico Legal (IML), a perícia no local de crime, o prontuário e intimações do adulto e dos dois menores para o fechamento do inquérito policial. 



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