Policiais são mortos a tiros após viatura ser alvo de emboscada no ES

Os soldados Bruno Mayer Ferrani de 30 anos e Paulo Eduardo Oliveira Celini de 29 anos estavam perseguindo criminosos quando foram surpreendidos por suspeitos.

Policiais | Reprodução
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Dois soldados da Polícia Militar do Espírito Santo foram mortos a tiros por criminosos durante uma emboscada, na madrugada de domingo (16), no bairro Santa Bárbara, em Cariacica, na Grande Vitória. Os quatro suspeitos do crime foram presos.

De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, as vítimas, os soldados Bruno Mayer Ferrani de 30 anos e Paulo Eduardo Oliveira Celini de 29 anos estavam perseguindo criminosos quando foram surpreendidos por suspeitos, que estavam escondidos atrás de um caminhão estacionado.

"Os militares realizavam o acompanhamento a um veículo, suspeito de envolvimento em um roubo, quando, nas proximidades do bairro Santa Barbara, em Cariacica, dois ocupantes do veículo desembarcaram e se renderam. Ao se aproximarem, os militares foram surpreendidos por outros dois criminosos, um homem e uma mulher, que estavam escondidos atrás de um caminhão estacionado. Um desses indivíduos atirou contra os policiais, que foram atingidos e chegaram a receber socorro, mas vieram a óbito no hospital", informou a Sesp.

Segundo o boletim do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), testemunhas relataram que os militares teriam sido baleados dentro do carro da PM, que também foi atingido por mais de 10 tiros. Segundo a polícia, um dos policiais foi atingido com um tiro no rosto e o outro com um tiro na axila.

Militares foram atingidos dentro do carro da polícia - Foto: Reprodução

Prisões

As prisões dos dois casais suspeitos do crime foram divulgadas no final da manhã de domingo. Os presos são Eric da Silva Ferreira, de 45 anos e a namorada dele, Luana de Jesus Luz, 26 anos e Eduardo Bonfim Meireles de 40 anos e a namorada dele, Érica Lopes Ferreira de 26 anos, filha de Eric.

"Um roubo que houve trabalho efetivo, mas infelizmente dois jovens policiais tiveram sua vida ceifada. Foi uma ação covarde desses criminosos", disse o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, coronel Marcio Celante.

Todos os quatro acusados de envolvimento no crime foram presos - Foto: Reprodução

De acordo com a polícia, os dois casais passaram a noite bebendo para comemorar o aniversário de Eduardo, que confessou ter atirado contra os policiais. Foi na volta pra casa que eles decidiram assaltar um grupo de amigos no bairro Santa Bárbara e foram perseguidos pelos soldados Ferrani e Celini.

"Toda a Polícia Militar está de luto e agora é solidariedade às famílias. O sentimento é de que eles não viessem presos, viessem todos mortos, mas não esboçaram reação. Então, a Polícia Militar fez a prisão conforme manda a lei. O nosso policial militar quando faz o juramento final jura servir e proteger a sociedade, foi o que esses policiais militares fizeram", disse o comandante-geral da PM, coronel Douglas Caus.

Segundo a polícia, Eduardo é um dos mais de 20 fugitivos que escaparam do complexo de Xuri durante uma fuga em massa em dezembro do ano passado e já foi preso por homicídio e roubo.

PMs impediram crime antes de serem mortos

Antes de serem assassinados, os soldados Ferrani e Celini, como eram conhecidos, impediram um crime. Era por volta de 3h quando quatro amigos saíram de um bar em Cariacica e seguiam para Vila Velha. Enquanto passavam pela rodovia Leste-Oeste o carro bateu no meio fio e o pneu furou. Foi quando os criminosos que teriam assassinado os PMs abordaram o grupo.

As vítimas, entre elas uma grávida, foram ameaçadas com armas, agredidas e obrigadas a descer do carro. Depois de roubarem os pertences das vítimas, uma das suspeitas, atirou contra um homem na cabeça com uma espingarda calibre 12. Foi quando os policiais passaram e iniciaram a perseguição.

A mãe da vítima, uma mulher de 36 anos, que pediu para não ser identificada, contou à TV Gazeta que o filho só não foi morto porque os policiais chegaram a tempo.

"Obrigaram o carro a parar e desceu um casal. Foi a mulher que atirou nele. Ele se jogou no chão pra não pegar mais tiros no corpo. Estava sangrando muito porque foi 12. Quando ela ia dar o segundo tiro, a polícia conseguiu impedir eles de matarem meu filho. Mas como a polícia seguiu em frente atrás deles, lá na frente havia uma emboscada, que talvez seria até para o meu filho e eles acabaram matando os policiais. Só não foi concretizada a morte dele graças aos heróis que infelizmente faleceram. Eu sinto muito", disse a mulher.



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