Quadrilha presa em quatro estados movimentou R$ 1,1 bilhão em 2 anos

Suspeitos criavam empresas de fachada no RJ, SP, MG e ES. Empresas deram prejuízo de R$ 80 milhões aos cofres públicos

Suspeitos criavam empresas de fachada no RJ, SP, MG e ES | Reprodução
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A Polícia Civil fez nesta quinta-feira (28) uma grande operação, chamada Sudeste S/A, para prender uma quadrilha especializada em sonegar impostos. Vinte e cinco pessoas foram presas suspeitas de criar empresas de fachada no Rio, em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, e emitir notas "frias". As prisões foram feitas nos quatro estados. Ao todo, elas movimentaram R$ 1,1 bilhão em mercadorias, dando um prejuízo estimado em R$ 80 milhões aos cofres públicos somente em ICMS (imposto municipal). A tendência é que o valor seja muito maior, quando forem apurados os valores sonegados em impostos federais.

"Só com a análise da documentação, vamos ter noção não só da lesão aos cofres públicos como também de todos os envolvidos nessa engenharia criminosa. Com certeza (esse valor pode até aumentar)", afirmou a delegada Isabela Santoni.

Além, dos 25 mandados de prisão cumpridos,102 policiais e 20 auditores também fazem 28 buscas de apreensão. Os presos responderão por crime de sonegação fiscal e formação de quadrilha. As investigações começaram há nove meses e 14 empresas foram identificadas. Os suspeitos estão sendo trazidos para o Rio de Janeiro na tarde desta quinta-feira (28).

Os criminosos utilizam notas fiscais "frias" através de um esquema em que montam empresas de fachada em salas ou boxes, com estrutura mínima, onde as notas são emitidas. A quadrilha operava nos segmentos de cerveja, móveis, embalagens, cosméticos e perfumaria. Os impostos eram cobrados das empresas, registradas com os nomes de laranjas, que não os pagavam.

Dois funcionários da Secretaria estadual de Fazenda e um servidor da Prefeitura de Duque de Caxias foram identificados como facilitadores das fraudes e estão entre os presos. A fraude era fazer com que os impostos recaíssem sobre empresas, formadas em nomes de laranjas, que posteriormente tinham suas atividades suspensas.

Outras investigações semelhantes estão em andamento. Com a operação desta quinta-feira, o objetivo do Ministério Público do Rio de Janeiro, da Secretaria estadual de Fazenda e da Delegacia Fazendária é coletar mais provas para que os impostos sonegados sejam cobrados dos empresários que se beneficiam do esquema, além de viabilizar o oferecimento de denúncia contra aqueles que praticaram crimes de ordem tributária.

Confira os nomes dos presos:

- Adelmo Nezio Couto

- Ana Claudia Queiroz Lima

- Cleber Rodrigues da Silva

- Deyvison Neto Siqueira da Silveira

- Eunice Gonçalves da Silveira

- Fabio Dabees

- Gilcinei Neto Siqueira da Silveira

- Gonçalo da Costa Amaral

- Ivan Mello da Silveira

- Janilson Freire dos Santos

- Javican Dantas de Souza

- Jennifer Aline Silva de Paula

- Jessica Neto Siqueira da Silveira

- Jorge Claudio Antunes da Silveira

- Luis Claudio Borsato

- Maria Arnilda da Silva

- Pedro Moreno

- Ralph dos Santos Guimarães

- Reginaldo dos Santos Silva

- Rodrigo Abrão Trindade

- Stefano Lessa Siqueira

- Thiago Lima Barreto

- Vinícius Gonçalves da Silveira

- Wellington dos Santos

- Williane Lima dos Santos



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