Vândalos queimam veículos em Brasília; Dino diz que Lula está em segurança

Atos começaram após a prisão do indígena José Acácio Tserere Xavante, em razão de sua participação em atos antidemocráticos

Ônibus incendiado em Brasília na noite desta segunda-feira | Ueslei Marcelino/Reuters
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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) deflagraram uma série de atos de vandalismo em Brasília na noite de segunda-feira (12). Carros e ônibus foram danificados e incendiados. 

A Polícia Militar foi chamada e reagiu com bombas de gás e balas de borracha em confronto com os manifestantes, que tentaram invadir a sede da Polícia Federal. 

Os atos começaram após a prisão do  indígena José Acácio Tserere Xavante, em razão de sua participação em atos antidemocrático. 

A prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República.

A Secretaria de Segurança do Distrito Federal informou "que as forças de segurança reforçaram a atuação, em toda área central do capital, para controle de distúrbios civis, do trânsito e de eventuais incêndios".

O futuro ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino (PSB), concedeu entrevista coletiva e garantiu que 'em nenhum momento o presidente Lula foi exposto a qualquer risco' 

''Lula está em absoluta segurança e assim prosseguirá até o momento da posse e até o pleno exercício de suas funções'', disse. 

Mais cedo, Dino se manifestou em suas redes sociais sobre os atos de vandalismo 

'Inaceitáveis a depredação e a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em Brasília. Ordens judiciais devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política', afirmou Dino. 

'Temos dialogado com o GDF, a quem compete a garantia da ordem pública em Brasília, atingida por arruaças políticas. A segurança do presidente Lula está garantida. As medidas de responsabilização jurídica prosseguirão, nos termos da lei', concluiu. 




Ônibus incendiado por bolsonaristas em Brasília na noite desta segunda-feira Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, escreveu em uma rede social que o Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, "manteve estreito contato" com a Secretaria de Segurança do DF e com o governo do DF "a fim de conter a violência e restabelecer a ordem". Ele disse que "tudo será apurado e esclarecido" e que a situação está se normalizando".

Nota da Secretaria de Segurança Pública do DF 

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informa que as forças de segurança reforçaram a atuação, em toda área central do capital, para controle de distúrbios civis, do trânsito e  de eventuais incêndios. As ações começaram em frente ao edifício-sede da Polícia Federal (PF), em decorrência do cumprimento de mandado de prisão, e se estenderam para outros locais da região central. 

Como medida preventiva, o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e outras vias da região central está restrito até nova mudança de cenário, após avaliação de equipe técnica. A recomendação dos órgãos de trânsito é a de que os motoristas evitem o centro da cidade. 

Destacamos, por fim, que as imediações do hotel em que o presidente da república eleito está hospedado tem vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal.

Bombeiros apagam chamas de carro incendiado por bolsonaristas em Brasília — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino 

Prisão

Os atos começaram após um indígena identificado como José Acácio Tserere Xavante ter sido preso por participação em atos antidemocráticos nesta segunda. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária, por 10 dias, do indígena.

A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e baseada, segundo o STF, na "suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos".

No pedido de prisão, segundo trechos divulgados pelo Supremo, a PGR afirma que o indígena vem usando de sua posição como líder do povo Xavante para arregimentar pessoas para o cometimento de crimes.

"A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos”, diz o documento da PGR.



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