Após saída de Doria, PSDB confirma apoio a Simone Tebet para o Planalto

Pré-candidata do MDB também conta com apoio do Cidadania. João Doria venceu prévias do PSDB em 2021, mas desistiu por falta de apoio; segundo pesquisa, Tebet tem 2% das intenções de voto.

Após saída de Dória, PSDB confirma apoio a Simone Tebet para o Planalto | Reprodução
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A Executiva Nacional do PSDB oficializou nesta quinta-feira (9) o apoio à pré-candidata do MDB à Presidência da República, senadora Simone Tebet. Com o anúncio, a parlamentar será o nome que representará três partidos: MDB, Cidadania e PSDB.

Nesta quarta (08), houve uma reunião em Brasília entre integrantes de PSDB, MDB e Cidadania na qual foi fechado o apoio tucano a Simone Tebet. Foram 39 votos a favor da aliança e 6 contrários.

Após saída de Doria, PSDB confirma apoio a Simone Tebet para o Planalto- Foto: Reprodução

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O anúncio desta quinta-feira acontece cerca de 20 após o então pré-candidato do PSDB à Presidência, João Doria, ter anunciado a desistência da disputa. Embora tenha vencido em 2021 as prévias do partido, o ex-governador de São Paulo perdeu o apoio interno durante este ano.

Desde que Doria desistiu da disputa, Simone Tebet vinha afirmando que gostaria de contar com o apoio dos tucanos.

Uma ala do partido ainda defendia uma candidatura própria, enquanto outra ala condicionava o apoio a Tebet se o MDB passasse a apoiar candidatos tucanos em alguns estados, entre os quais Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Pesquisa Datafolha divulgada no mês passado mostrou o ex-presidente Lula (PT) com 48% das intenções de voto, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 27%. Simone Tebet apareceu em quinto lugar, com 2% das intenções. Na pesquisa anterior, de março, a senadora apareceria em oitavo lugar, com 1%.

Esta é a primeira vez desde a redemocratização que o PSDB não tem candidato próprio à presidência (Mario Covas disputou em 1989; Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998; José Serra, em 2002 e 2010; Geraldo Alckmin, em 2006 e 2018; e Aécio Neves, em 2014.

Esta é a primeira vez desde a redemocratização que o PSDB não tem candidato próprio à presidência (Mario Covas disputou em 1989; Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998; José Serra, em 2002 e 2010; Geraldo Alckmin, em 2006 e 2018; e Aécio Neves, em 2014).

A reunião que definiu o apoio

A decisão anunciada nesta quinta-feira foi tomada em um encontro híbrido, do qual os dirigentes do partido participaram presencialmente ou de forma virtual.

A reunião, na prática, validou acordos firmados pelo presidente do PSDB, Bruno Araújo, com dirigentes do MDB e do Cidadania nas últimas semanas.

O anúncio do apoio do PSDB, porém, era aguardado desde o dia 25 de maio, data em que as três siglas combinaram de reunir, separadamente, as respectivas direções para ratificar o nome da senadora. O PSDB, no entanto, adiou a reunião por duas vezes em razão de divergências entre alas do partido.

O União Brasil, partido resultado da fusão entre PSL e DEM, chegou a integrar o grupo com PSDB, MDB e Cidadania a fim de lançar um candidato único. A legenda decidiu, porém, lançar uma candidatura própria, e o pré-candidato é o deputado Luciano Bivar (SP), presidente da sigla.

Agora, a expectativa é que o PSDB indique um candidato a vice-presidente para a chapa de Simone Tebet. O nome mais cotado é o do senador Tasso Jereissati (CE). Tasso participou da reunião na noite de quarta, que reforçou o alinhamento do PSDB ao MDB.

Tasso estava na reunião ocorrida na noite de quarta, que reforçou o alinhamento do PSDB ao MDB. Nesta quinta, o senador participou de forma remota do encontro da Executiva.

Palanques regionais

Os colunistas do g1 Valdo Cruz e Julia Duailibi mostraram nas últimas semanas que, para apoiar Simone Tebet, o PSDB exigiu uma contrapartida: o apoio do MDB a candidatos tucanos em alguns estados, como Pernambuco e Rio Grande do Sul.

No Rio Grande do Sul, o pré-candidato do MDB a governador é Gabriel Souza, enquanto o PSDB espera lançar o ex-governador Eduardo Leite, que renunciou neste ano.

Presidente do PSDB, Bruno Araújo chegou a dizer que, se não houvesse "posição concreta" do MDB sobre o tema, o PSDB ficaria "aberto a pensar em outra alternativa".

Até esta quinta, porém, o MDB gaúcho mantinha a pré-candidatura de Souza. Segundo o presidente do PSDB, mesmo sem a solução dos palanques regionais, as conversas com o MDB seguirão.



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