Aras não investigará Bolsonaro por cheques de Queiroz a Michelle

Segundo o procurador, “inexiste indícios do cometimento de infrações penais pelo presidente da República”.

Aras rejeita investigar Bolsonaro por cheques de Queiroz | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu não dar continuidade às investigações sobre a relação entre Jair Bolsonaro e os depósitos de Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os valores chegaram a R$ 89 mil, somando os R$ 72 mil depositados por ele com os R$ 17 mil de sua esposa, Márcia Aguiar. 

Em sua decisão, o procurador afirmou ser "notório que as supostas relações espúrias entre o senador Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, foram objeto de denúncia na primeira instância em desfavor de ambos". "Inexiste notícia, porém, de que tenham surgido, durante a investigação que precedeu a ação penal em curso, indícios do cometimento de infrações penais pelo presidente da República", disse. O teor do documento foi publicado pela revista Veja

"Os fatos noticiados, portanto, isoladamente considerados, são inidôneos, por ora, para ensejar a deflagração de investigação criminal, face à ausência de lastro probatório mínimo", acrescentou Aras em ofício ao decano da Corte, Marco Aurélio Mello.

O procurador-geral da República, Augusto Aras — Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Aras foi indicado por Bolsonaro para a PGR mesmo sem ter ficado na lista tríplice do Ministério Público. Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Queiroz foi denunciado pelo MP do Rio junto com o parlamentar por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Queiroz foi preso no dia 18 de junho do ano passado em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, advogado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) - depois ele deixou a defesa do parlamentar. O ex-assessor é investigado por envolvimento em um esquema de "rachadinha" que ocorria na Assembleia Legislativa do Rio - o filho de Jair Bolsonaro era deputado estadual antes de ser eleito para o Senado. 

Segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez movimentações financeiras atípicas. Foram R$ 7 milhões de 2014 a 2017, apontaram cálculos do órgão. 



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES