Bancada ruralista quer a prisão do líder do MST, João Pedro Stédile

Bancada ruralista protocolou pedido pedindo a prisão de João Pedro Stédile por declarações que foram consideradas como “ameaças”

Pedro Stédile | Divulgação
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Pedido de investigação e prisão de João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que está na China na comitiva do Presidente Lula, foi protocolado nesta sexta-feria, 14, pela bancada ruralista.

A investigação se dá em decorrência de declarações do líder que foram consideradas como “ameaças” aos proprietários rurais. 

O MST é acusado por representantes do agronegócio por estimular “invasões” no campo. No entanto, os sem-terra negam que farão “onda de invasões”. O plano é fazer manifestações e ocupações eventuais em "latifúndios improdutivos". 

Na Câmara, a bancada ruralista também vem faz pressão para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o MST.

João Pedro Stédile está na China com a comitiva do presidente (Divulgação)

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) enviou o ofício contra Stédile ao Ministério Público do Distrito Federal, Procuradoria Geral da República (PGR), Ministério Público do Estado de São Paulo, Advocacia-Geral da União (AGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU).

O pedido, segundo a FPA, é uma reação ao anúncio do MST sobre as ações do “Abril Vermelho”, quando o movimento se mobiliza em prol da reforma agrária.

“Neste mês de abril nosso movimento fará muitas manifestações em defesa da reforma agrária. Haverá mobilizações em todos os estados, seja marchas, vigílias, ocupações de terras, as mil e uma formas de pressionar para que a Constituição seja aplicada. E que latifúndios improdutivos sejam desapropriados e entregues para as famílias acampadas”, diz Pedro Stédile.

A afirmação de Stédile foi interpretada pela bancada ruralista como  “ameaça” que gera um “clima de insegurança” do campo.

Em nota da FPA, o líder da bancada e deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) considera as ações do MST como “crime” e garante que cabe ao presidente Lula a responsabilidade de acalmar o movimento, já que é aliado histórico do atual Governo.

“O Presidente da República chegou a usar boné do MST na campanha, então acredito que eles possam dialogar para impedir que essas situações ocorram. A propriedade privada precisa ser respeitada e esse anúncio de cometimento de crime feito pelo líder do movimento deve ser combatido pelas autoridades”, diz Lupion na nota divulgada pelo FPA.



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