Brasil ficou caro antes de ficar rico, diz ministro Geraldo Alckmin

“O Custo Brasil não é uma causa só, mas um conjunto de fatores que tornaram o Brasil caro antes de ser rico”, disse

Brasil ficou caro antes de ficar rico, diz ministro Geraldo Alckmin | Wilson Dias/Agência Brasil
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O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, declarou que o Brasil se tornou um destino custoso para investimentos mesmo antes de se tornar uma nação próspera. Alckmin esteve presente na abertura do 1º Fórum de Competitividade, um evento organizado pelo Movimento Brasil Competitivo e pela Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, realizado em Brasília nesta quarta-feira (17). 

“Precisamos agir nas causas do baixo crescimento”, disse. “O Custo Brasil não é uma causa só, mas um conjunto de fatores que tornaram o Brasil caro antes de ser rico. Normalmente os pais ricos são mais caros, nós ficamos caro antes de ser rico. Então essa agenda de competitividade é muito importante”, acrescentou. 

O termo "Custo Brasil" refere-se a um conjunto de desafios estruturais, burocráticos e econômicos que aumentam os custos e dificultam novos investimentos para as empresas, prejudicando o ambiente de negócios no país. Em outras palavras, trata-se das despesas adicionais que as empresas brasileiras precisam arcar para produzir no país, em comparação com os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Em Estudo realizado pelo governo federal, em parceria com o Movimento Brasil Competitivo, em 2019, esse Custo Brasil foi estimado em R$ 1,5 trilhão, ou 22% do Produto Interno Bruto brasileiro. Para Alckmin, o sistema tributário brasileiro é muito complexo e a reforma tributária deve ser votada no Congresso o quanto antes para melhorar a segurança jurídica e atrair investimentos. “Estou otimista, eu acho que o projeto está maduro, foi bastante debatido. Reformas têm que aprovar no primeiro ano [do governo], se perdeu o primeiro ano, passou, é agora que tem que votar. Eu acho que ela não é uma obra acabada e perfeita, mas ela vai ajudar muito [na competitividade] porque ela traz eficiência econômica, simplificação e ajuda nas exportações”, disse. 

Ele também mencionou a importância do arcabouço fiscal, que está em processo de votação no Congresso e é esperado que contribua para a redução da inflação e das taxas de juros no país. Por meio do controle de gastos e da redução da dívida pública, o marco fiscal pode influenciar as expectativas do mercado em relação à inflação, o que é levado em consideração pelo Banco Central ao decidir sobre os juros básicos da economia e a política monetária.

Além disso, Alckmin destacou outras questões que devem ser abordadas para melhorar a competitividade do país. Ele mencionou a importância da formação de recursos humanos, investimentos em pesquisa e inovação, assim como a sustentabilidade e a agregação de valor nas cadeias produtivas.

Hoje, com a viagem do presidente Lula ao Japão para participar como convidado da Cúpula do G7, que reúne as sete maiores economias do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá), o vice-presidente Alckmin assumiu a Presidência.

(Com informações da Agência Brasil)



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