CPI da Covid ouve ex-ministros na próxima semana; veja etapas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, instalada na última terça-feira (27), terá uma semana agitada

CPI | Jefferson Rudy/Agência Senado
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A  Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, instalada na última terça-feira (27), terá uma semana agitada, com a tomada de depoimentos e o início de  pelo menos seis linhas de investigação. Será realizada a análise de um material volumoso solicitado pelos integrantes do colegiado.

Mais de 300 requerimentos foram aprovados nos primeiros dias de trabalho dos membros da comissão. São inúmeras convocações de testemunhas e muitos pedidos de documentação de vários órgãos do governo federal, de estados e de municípios.

A CPI da Covid foi instalada na últiam terça-feira (27) (Foto:  Jefferson Rudy/Agência Senado)

A CPI foi criada para investigar ações e omissões do governo Jair Bolsonaro na pandemia e fiscalizar a aplicação de recursos federais por estados e municípios.

Veja as próximas etapas da comissão:

Depoimentos de ex-ministros

Três ex-ministros da Saúde, o atual e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) depõem na próxima semana à CPI:

Terça-feira (4) – Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, ex-ministros da Saúde;

Quarta-feira (5) – general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde;

Quinta-feira (6) – Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde e Antonio Barra Torres, presidente da Anvisa.

Ex-ministros da Saúde serão ouvidos na CPI da Covid (Foto: Marcello Casal Jr e Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Oposicionistas e integrantes independentes da CPI querem ainda aprovar a convocação do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fábio Wajngarten – que recentemente classificou como "incompetente" a gestão de Eduardo Pazuello no enfrentamento da pandemia. Governistas são contrários a esse requerimento.

Linhas de investigação

O plano de trabalho do relator Renan Calheiros prevê, pelo menos, seis frentes de investigação por parte da CPI:

- Aquisição e distribuição de vacinas, insumos, testes e EPIs; e habilitação de leitos;

- Produção, distribuição e recomendação de cloroquina e falhas na compra de remédios do kit intubação;

- Atribuição de responsabilidades e competências no combate à crise;

- Colapso de saúde no Amazonas;

- Saúde indígena;

- Critérios de repasse e uso de recursos federais.

Entre outros pontos, os membros da comissão também querem apurar:

- Contratos e ações de publicidade do governo durante a pandemia;

- Passeios de Bolsonaro pelo Distrito Federal em meio à crise sanitária;

- Disseminação de informações falsas sobre a Covid-19.

Documentos

Na próxima semana, começam a chegar os documentos solicitados por senadores a diversos órgãos.

A expectativa de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, é de que um grande volume de planilhas, comprovantes, atas de reuniões, registros em áudio e vídeo, cópias de contratos, entre outros dados, seja recebido pela comissão já a partir da próxima quarta-feira (5).

Entre as informações demandadas, estão documentos relacionados ao fornecimento de equipamentos de proteção, ventiladores e medicamentos para estados e municípios; e também dados sobre a necessidade de leitos de UTI nos estados.

Também foram solicitados ofícios sobre transferências de recursos federais para governos estaduais e prefeituras. E dados sobre produção, compra e recomendação de remédios com ineficácia cientificamente comprovada contra a Covid-19, como a hidroxicloroquina.

Do Facebook, os senadores querem vídeo de reunião do Conselho de Saúde Suplementar, em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que “o chinês inventou o vírus”.

Eles também pedem dados do Ministério da Cidadania sobre pagamentos do auxílio emergencial; e informações da CPMI das Fake News sobre o espalhamento de conteúdos falsos relacionados à pandemia.



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