Deltan Dallagnol presta depoimento na Polícia Federal

O deputado Deltan Dallagnol, filiado ao partido Podemos do Paraná, compareceu à Polícia Federal na tarde desta sexta-feira para prestar depoimento. Em comunicado, ele disse que "a intimação não fornece informações sobre o assunto em questão ou sua posição no caso".  Dallagnol revelou na última terça-feira, por meio de rede social que havia sido intimado para prestar depoimento.

O deputado afirmou que o motivo da convocação também foi descoberto por meio da imprensa. Ele compartilhou uma matéria da CNN Brasil que noticiava que o depoimento seria relacionado a declarações feitas por ele em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, onde alegou que ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teriam votado a favor de sua cassação por motivações políticas.

O Tribunal Superior Eleitoral decidiu pela cassação do mandato de Deltan, alegando que ele deixou o cargo de procurador com o objetivo de evitar uma punição disciplinar. O deputado nega essa acusação e tem afirmado que sua saída ocorreu para auxiliar na pré-campanha do ex-juiz Sergio Moro, que, no final de 2021, buscava viabilizar sua candidatura à Presidência, mas acabou ingressando no Senado posteriormente.

Em comunicado, o deputado diz que o depoimento ocorre às 15 horas, de forma remota. "Diante dessa situação, o deputado Deltan Dallagnol aguarda ansiosamente o acesso às informações que embasaram essa intimação, bem como esclarecimentos sobre se ele será considerado testemunha ou investigado durante o depoimento. O deputado expressa seu agradecimento ao trabalho da imprensa neste momento, destacando a importância das informações apuradas para esclarecer o conteúdo dessa intimação", afirmou o parlamentar.

Desde a decisão da cassação pelo TSE, o deputado tem buscado de apoio político para recuperar seu espaço na Câmara dos Deputados. Ele esteve em Curitiba e participou de uma manifestação e desabafou, afirmando que esavam sendo alvo de perseguição. O deputado ganhou apoio do Movimento Brasil Livre (MBL), que convocou para o dia 4 de juno um ato em defesa do deputado.