Dilma se pronuncia em vídeo e diz:“Querem cortar programas sociais”

A presidente classificou o impeachment como aventura golpista.

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A presidente Dilma Rousseff classificou o processo de impeachment como "aventura golpista" e "fraude jurídica e política" em vídeo gravado nesta sexta-feira (15). Dilma disse que programas sociais estão ameaçados caso o impeachment avance no Congresso. O vídeo foi divulgado na página da internet do Partido dos Trabalhadores.

“Os golpistas já disseram que se conseguirem usurpar o poder será necessário impor sacrifícios à população brasileira. Com que legitimidade? Querem revogar direitos e cortar programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Ameaçam até a educação pública. Querem abrir mão da soberania nacional, mudar o regime de partilha e entregar os recursos do pré-sal às multinacionais estrangeiras”, afirma Dilma no vídeo.

Dilma, no vídeo de seis minutos, disse que os “golpistas”, como vem chamando os defensores do impeachment, colocam em jogo as conquistas sociais e os direitos dos brasileiros. Segundo a presidente, a oposição não se conformou com o resultado das urnas:

“O que está em jogo na votação do impeachment não é apenas o meu mandato, que pretendo defender e honrar até o último dia conforme estabelecido na Constituição. O que está em jogo é o respeito à vontade soberana do povo brasileiro, o respeito às urnas”, declarou a presidente.

A presidente rebate a acusação de que cometeu crime de responsabilidade que sustenta o processo de impeachment na Câmara dos Deputados:

“Não cometi crime de responsabilidade. Não há contra mim qualquer denúncia de corrupção ou de desvio de dinheiro público. Jamais impedi investigação contra quem quer que fosse. Meu nome não está em nenhuma lista de propina. Tampouco sou suspeita de qualquer delito contra o bem comum. A denúncia contra mim em análise no Congresso Nacional não passa de uma fraude. A maior fraude jurídica e política da história de nosso país”, disse.

Na mensagem, Dilma ataca a oposição:

“É minha obrigação esclarecer os fatos e denunciar os riscos dessa aventura golpista para o país. Desde que fui eleita, parte da oposição, inconformada, pediu a recontagem os votos, tentou anular a eleição e passou a conspirar pelo impeachment. Os derrotados mergulharam o país num estado permanente de instabilidade política impedindo a recuperação da economia com o único objetivo de tomar à força o que não conquistaram nas urnas. Não há razão para o pedido de impeachment contra mim”.

Sem citar o vice-presidente Michel Temer, Dilma afirma que um eventual governo "não será legítimo":

“Não se trata de concordar ou não com o governo, mas de combater um golpe de estado, uma violação constitucional que poderá mergulhar o Brasil em um doloroso processo de instabilidade e insegurança. Nenhum governo será legítimo se não nascer do voto popular, livre, direito, universal e secreto. Fora do voto popular qualquer governo será sempre a tirania. A tirania dos mais fortes, dos mais espertos, dos mais ricos, dos mais corruptos”.



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