“É uma taxa de juros suicida”, diz Merlong sobre taxa Selic em 13,75%

Merlong explicou que não existem razões que justifiquem as altas taxas praticadas pelo Banco Central (BC).

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deputado federal Merlong Solano (PT) voltou a criticar a manutenção da taxa básica de juros da economia, a Selic, em 13,75%. Em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (23), Merlong explicou que não existem razões que justifiquem as altas taxas praticadas pelo Banco Central (BC) e ressaltou que a atual política de juros é suicida, uma vez que dificulta o crescimento da economia brasileira, prejudica a competitividade da indústria e inviabiliza investimentos produtivos.

“São vários impactos negativos para a economia. Cai a competitividade da indústria, porque a taxa de juros elevada ajuda a manter a valorização cambial; inviabiliza os investimentos produtivos, porque fica muito difícil conseguir investimentos legais que deem uma rentabilidade superior a 8%, que é o juro real que a nossa taxa de juro básico está garantindo. Além de aumentar o desemprego e o subemprego. Por isso, é sim uma política suicida”, disse o deputado.

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Merlong citou o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que informou que manterá os ajustes no juro caso o processo de desinflação não ocorra como esperado, e destacou que o Banco Central quer fazer do Brasil o país da mais alta taxa de juros do mundo. No entanto, o petista revela não haver razões que justifiquem essa política de juros.

Deputado diz que não há motivos para essa taxa de juros (Divulgação Câmara)

“As famílias estão endividadas. São 6 milhões de empresas que terminaram 2022 endividadas, 30% das quais já inadimplentes. Ao manter ou elevar ainda mais as taxas de juros, o BC quer forçar uma redução de consumo e consequentemente uma redução da inflação. A economia está em desaceleração no Brasil e no mundo, o setor externo produz superávits nas exportações, temos reservas internacionais de mais de 300 bilhões de dólares. Não há justificativas para a manutenção dessa taxa de juros, que corresponde a duas vezes e meia à inflação, que terminou o ano passado em 5,8%”,

Novo arcabouço fiscal

Merlong Solano pontuou a necessidade de o governo federal apressar a apresentação do novo marco regulatório fiscal – o chamado arcabouço fiscal. “Como disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é preocupante. O BC parece trabalhar contra o Brasil e contra os brasileiros. Por isso, é indispensável que o Ministério da Fazenda apresente o quanto antes um novo arcabouço fiscal que combine sustentabilidade fiscal, redução do déficit público, geração de superávit com políticas de interesse da sociedade brasileira, como é o caso das políticas da educação e da saúde e dos projetos de sociais que geram transferência de renda, assim como a retomada dos investimentos”, finalizou o parlamentar.



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