Economista piauiense Valmir Falcão avalia perigo da recessão nos Estados Unidos

Economista Valmir Falcão avalia perigo da recessão nos EUA

| Hélvio Meneses
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Economista Valmir Falc?o avalia recess?o nos Estados Unidos. Foto: H?lvio Meneses

Os Estados Unidos j? est?o ou provavelmente ir?o entrar em breve em uma recess?o. E quem diz isso ? o ex-presidente do Federal Reserve ? ?Fed?, o Banco Central americano Alan Greenspan, que concedeu uma entrevista sobre o assunto ao di?rio americano "The Wall Street Journal" no in?cio da semana. Apesar de parecer um assunto distante para muita gente, essa impress?o ? falsa. A moderna economia global que tomou conta do mundo nas ?ltimas d?cadas n?o deixa escapar ningu?m. Mas de acordo com economistas, o Brasil ainda tem ?muita gordura? para queimar antes de seguir ladeira abaixo na crise americana.

Greenspan afirmou que as chances de uma recess?o n?o s?o "impressionantes, mas tendem para essa dire??o" e argumentou que recess?es n?o chegam de modo suave. ?Elas em geral s?o anunciadas por uma descontinuidade no mercado, e os dados das ?ltimas semanas podem muito bem ser caracterizados assim", disse, ao comentar a queda no ?ndice de opera?es de gerentes de compras do ISM (Instituto de Gest?o de Oferta, na sigla em ingl?s).

A eleva??o da taxa de desemprego no pa?s para 5% em dezembro ? outro sinal, segundo Greenspan, de que a recess?o, se ainda n?o chegou, est? pr?xima. Para ele, as chances de que o pa?s caia em recess?o ainda est?o por volta de 50%.

?Se a Am?rica ? o maior importador do mundo e a queda do emprego reflete na capacidade de compra deles, tenha certeza, isso repercute em todo o planeta. Os EUA s?o parceiros comerciais de praticamente todos os pa?ses do mundo. At? o Ir?, inimigo de guerra, tem parcerias comerciais em d?lar. N?o se engane?, conta o professor Newton Rodrigues Clark, titular da cadeira de Macroeconomia do Departamento de Economia da Universidade Federal do Piau?.

Ele diz que felizmente o Brasil deixou de ser superdependente dos EUA, uma vez que aumentou as rela?es comerciais com outros mercados, como o Mercosul e o mercado asi?tico ? principalmente a China. ?Ainda assim, os americanos ainda respondem por mais de 20% das nossas rela?es econ?micas internacionais?, alega.

A desvaloriza??o do d?lar tamb?m ? um forte indicador de tempos ruins para os EUA. Nos dois ?ltimos anos, a moeda americana perdeu quase 50% de seu valor frente ao real. ?O d?lar ? o padr?o monet?rio mundial. Mas seu valor est? caindo no mundo inteiro estamos vendo o ouro sendo muito valorizado em quase 50% em alguns meses. O ouro ? um ativo econ?mico de ?pocas de guerra. Temos um iceberg ? frente. A economia americana est? em colapso?, aponta Clark.

Por?m, essa crise n?o deve chegar de imediato por essas bandas do Atl?ntico. Ele concorda com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, quando este avaliou que o Brasil n?o precisar? tomar nenhuma medida para compensar uma poss?vel desacelera??o da economia norte-americana.

No entanto, admitiu que o momento exige "aten??o". E enquanto ela n?o chega, segundo o economista, ? preciso buscar novos parceiros comerciais. ?? uma quest?o de vis?o. O Brasil tem que estreitar rela?es com pa?ses africanos, asi?ticos e europeus que, por sua vez, n?o sejam tamb?m superdependentes dos EUA. Mas ningu?m no mundo escapa de uma crise americana se ela for aguda?, comenta.

BRASIL PODE PRODUZIR MAIS SEM AUMENTAR PRE?OS

Uma boa not?cia que a crise americana revela ? a capacidade brasileira de produ??o. De acordo com o professor de Macroeconomina, Newton Clark, n?o h? riscos de infla??o neste momento para o Brasil. O motivo: capacidade produtiva instalada superior ? efetiva instalada. Em outras palavras, a ind?stria brasileira tem uma capacidade de produ??o superior ? demanda interna e externa pelos seus produtos.

?Tivemos um crescimento de 5,2% ano passado. Aumentamos a capacidade instalada produtiva. N?o estamos utilizando toda a nossa capacidade de trabalho. S? em algu



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