Covas e Boulos são alvos de adversário no debate UOL/Folha; Acompanhe

- Candidatos à prefeitura de São Paulo participam de debate promovido pelo UOL e Folha de S. Paulo

Candidatos à prefeitura de São Paulo participam de debate promovido pelo UOL e Folha de S. Paulo | Marina Pekin/UOL
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Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) foram os principais alvos de seus adversários no debate promovido pelo UOL, em parceria com a Folha de S.Paulo, na manhã desta quarta-feira (11). Os dois são os candidatos à Prefeitura de São Paulo mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos mais recentes. Com informações do Uol.

Ao longo do encontro, houve ainda questionamentos sobre o apoio de padrinhos políticos aos candidatos. Covas, por exemplo, foi perguntado sobre sua relação com o governador João Doria (PSDB). Já Márcio França falou de seu histórico ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e também de Doria.

11 nov. 2020 - Candidatos à prefeitura de São Paulo participam de debate promovido pelo UOL e Folha de S. Paulo

Os quatro primeiros colocados na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira passada (5), foram convidados: Bruno Covas, atual prefeito e que busca a reeleição, Celso Russomanno (Republicanos), Guilherme Boulos e Márcio França (PSB), todos empatados tecnicamente, dentro da margem de erro. Uma nova pesquisa do instituto estava programada para ontem, porém foi censurada por uma liminar atendendo a pedido da campanha de Russomanno.

Pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira (9) mostra Bruno Covas na liderança, com 32% das intenções de voto, e uma disputa acirrada por uma vaga em um eventual segundo turno: Boulos (13%), Russomanno (12%) e França (10%) estão tecnicamente empatados na segunda posição. 

Padrinhos políticos

Os adversários buscaram associar o atual prefeito, que busca a reeleição, à imagem do governador João Doria (PSDB), com quem foi eleito vice-prefeito. "Você bota a mão no fogo pelo Doria?", questionou Boulos, em sua primeira fala. "Ninguém consegue ver o Doria [na campanha]. Aí o Bruno está certo, porque é uma situação muito difícil você arrastar o contêiner que é o João Doria", provocou Márcio França.

Doria amarga rejeição alta na capital, onde, em 2018, recebeu menos votos do que Márcio França no segundo turno para a eleição ao governo de São Paulo. "Não tenho nenhum problema em apresentar os apoios que eu tenho, tenho toda a felicidade de ser o candidato apoiado pelo governador João Doria. O candidato nessa disputa sou eu. Estranho seria o governador João Doria deixar seus afazeres, deixar os 645 municípios para focar na campanha de prefeito de São Paulo", respondeu Bruno.

Questionado sobre as virtudes do ex-presidente Lula, do governador João Doria e do presidente Bolsonaro, Márcio França afirmou que o primeiro é um "líder", o segundo é "autêntico" e o terceiro, "aguerrido". "O Bolsonaro na minha visão é autêntico, o que ele fala eu posso discordar, mas evidentemente ele está falando o que pensa, ele foi eleito por esse fato. É uma pessoa que, ao longo da vida, nunca negou esse jeito", disse.

Disputa pelo 2º turno

 Na briga com Boulos pela vaga no segundo turno, Márcio França e Russomanno miraram no candidato do PSOL. Os adversários buscaram retratá-lo como inexperiente.

"Quando eu era bem jovem, eu também tinha vontade de jogar futebol no Santos. Era meu sonho, achava que eu ia ser futebolista. Com o tempo eu percebi que eu não tinha a competência suficiente para ser futebolista, porque muitas vezes você tem boas ideias, mas a verdade é que na prática aquilo não se realiza porque você não sabia de detalhes que você vai descobrir com o tempo", disse França.

A estratégia do ex-governador foi a de se vender como candidato experiente: foi prefeito de São Vicente, deputado federal e eleito vice de Geraldo Alckmin em 2014.

"Você fala 'fui prefeito reeleito de São Vicente' e que foi governador. Você foi governador tampão quando o Alckmin deixou o governo, também tenho respeito pela sua trajetória, não se trata de colocar qual é a melhor ou pior, se trata simplesmente de dizer que ninguém governa sozinho, vou governar com a minha experiência construída junto com as pessoas, aliando a experiência da Erundina que geriu a cidade e aliando a experiência e o conhecimento de centenas de especialistas, que estão junto com a gente e conhecem muito bem a cidade", respondeu.

Russomanno, por sua vez, acusou Boulos de fazer uso de empresas fantasma em sua campanha. "Queria comentar aqui que, vendo a prestação de contas do Boulos, eu encontrei a Kirion, que não está no endereço certo", afirmou Russomanno. "Uma equipe de reportagem foi até lá, ninguém conhece a empresa, ninguém sabe onde está essa empresa. Como é que ele gastou dinheiro público em uma empresa fantasma?", questionou.

Boulos ironizou a acusação de Russomanno, sem esclarecer a pergunta do adversário: "Você tem que escolher se quer ser prefeito ou se quer continuar apresentando seu programa". Mais à frente, o candidato do PSOL disse desconhecer a acusação. 

Dobradinha

Mirando no tucano, França e Russomanno fizeram dobradinha para repetir a associação do prefeito a João Doria. Covas foi eleito em 2016 vice do hoje governador, que deixou o cargo em 2018 para disputar o Palácio dos Bandeirantes. "Celso, você é um especialista em código do consumidor. Eleitor que votou em você, Celso, você é um especialista sem código do consumidor, eleitor que votou em você para deputado [federal] — e você prometeu quatro anos de mandato —, se você se elege, renuncia e entrega dois, dá para ir no código do consumidor?", ironizou o candidato do PSB. "Eu garanto, Márcio, meu suplente [na Câmara].

"Eu garanto, Márcio, meu suplente [na Câmara], muito competente, vice-prefeito de uma cidade de São Paulo, vai saber tocar o mandato. Por sinal gosta muito de direito do consumidor e vai atuar nessa área também", respondeu o postulante do Republicanos. 

Os partidos dos dois candidatos integraram a base da atual administração na Prefeitura. O PSB de Márcio França, vice-governador em 2016, integrou formalmente a coligação de Doria e Covas e trabalhou na costura do arco de alianças que deu aos tucanos o maior tempo de TV naquele ano.



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