Eleições:saiba como funciona escolha do presidente nos EUA nesta terça

Republicano Donald Trump e democrata Joe Biden estão na disputa pela presidência

Eleições | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Independente de quem terminar como vencedor, as eleições presidenciais deste ano dos Estados Unidos (EUA) já são históricas. Não só pela disputa já conhecida entre republicanos e democratas, mas pelo contexto que envolve fatores como a covid-19, o movimento social Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), a presença massiva dos eleitores no voto antecipado e até mesmo uma indefinição sobre a validade do resultado das urnas.

Biden e Trump disputam a eleiçao nos EUAS - Foto: AFP

De um lado, o republicano Donald Trump, atual presidente que busca a reeleição para consolidar sua ideologia nacionalista recheada de polêmicas. Do outro, o democrata Joe Biden, ex-vice-presidente de Barack Obama que aposta no antagonismo de ideias com Trump para sair vencedor. Em jogo, o comando da maior potência do mundo e a chance de ditar o rumo global por quatro anos.

Antes da pandemia, o favoritismo era de Trump. A covid-19, contudo, mudou o cenário, principalmente após os Estados Unidos virar o líder de casos e mortes pela doença. Trump, que foi infectado pelo coronavírus no meio da campanha, em outubro, foi duramente criticado pela gestão da pandemia e o descredito que deu ao conselho de especialistas sobre o vírus. Agora, as principais pesquisas apontam o democrata como favorito.

"O país tem os melhores cientistas do mundo e também uma das taxas de mortalidade mais altas", critica Biden. Ele, durante a campanha, sempre procurou se colocar como alguém que respeita os protocolos sanitários. Do outro lado, Trump rebate dizendo que o rival se esconde por trás da pandemia e que irá fechar indústrias. "Nossos oponentes querem transformar os EUA em uma Cuba comunista", afirma.

Além da pandemia, os dois rivalizam sobre a questão do movimento Black Lives Matter, que cobra maior igualdade social. Trump se coloca contrário a essa questão e diz que não é racista. Já Biden promete maior igualdade. O voto negro deve ser decisivo neste ano, principalmente na Flórida, um dos estados considerados chave na disputa.

"O eleitor norte-americano costuma decidir levando em consideração a economia do país, mas as questões sociais se elevaram. O americano vai pensar se vota com o bolso ou com a justiça social. O voto pode ser bem diferente de 2016, quando Trump venceu entre latinos da Flórida, que pesaram a questão da economia", diz o fundador e presidente do Capital Communications Group, Akran Elias, que participou de live para explicar a jornalistas brasileiros o funcionamento da eleição americana. 

O dia oficial da eleição é nesta terça-feira (3), no entanto, milhares de americanos já votaram antecipadamente pelos correios devido à pandemia. O voto à distância foi alvo de polêmica já que Trump queria dificultar essa modalidade, vista como favorável aos democratas. O vencedor do pleito, contudo, pode não ser quem tem mais votos. O próprio Trump se elegeu sem ter maioria em 2016 - Hillary Clinton conseguiu mais votos.

Pelo sistema americano, o eleitor escolhe qual candidato terá o direito de levar os delegados do Colégio Eleitoral dos estados. Cada um dos 50 estados tem uma quantidade definida de delegados. O número depende da população. A Califórnia, por exemplo, tem 55, enquanto o Alaska tem 3. No total, são 538 delegados, sendo vencedor aquele que obtiver 270. "Cada estado tem peso", diz Akram.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES