Lourdes Melo quer fim do agronegócio e chama Alckmin de “Picolé de Chuchu”

Candidata defendeu seu voto em Lula para derrotar o atual presidente.

Sabatina com Lourdes Melo | Raissa Morais
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A candidata a governadora Lourdes Melo (PCO) participou de sabatina realizada nesta quinta-feira, 22, no programa Banca de Sapateiro na TV Jornal. A entrevista foi conduzida pelos jornalistas Arimatea Carvalho e Francy Teixeira.

Na programação de sabatinas já foram entrevistados Madalena Nunes (PSOL), Geraldo Carvalho (PSTU), Ravenna Castro (PMN), Gessy Lima (PSC) e Coronel Diego (PL), Gustavo Henrique (Patriotas). Na sexta-feira, 23, está na agenda Sílvio Mendes (União Brasil) e Rafael Fonteles (PT), no dia 26.

A professora Lourdes Rufino diz que a questão da violência contra a mulher é grave no Piauí e no Brasil. “Não basta só lutar contra impunidade, pela prisão do assassino. É preciso dar autonomia para mulher, ela precisa ter uma casa para morar, de creche, emprego para trabalhar, só assim ela quebra o ciclo da dependência econômica e financeira”, disse.

Sabatina com a candidata Lourdes Melo (Raissa Morais)Questionada sobre o apoio ao ex-presidente Lula dissociado da figura do candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin, Lourdes Melo que o foco principal do PCO é eleger Lula no primeiro turno e que Alckmin é um “picolé de chuchu”. “Nosso apoio a Lula é porque ele tem uma trajetória de luta pelos trabalhadores”, disse.

No Piauí, a candidata disse que apesar de apoiar o candidato petista para presidente, o processo local é outro. “Estamos fazendo uma campanha diferente do Rafael Fonteles, temos um programa de luta que vai além do período eleitoral. É antes, durante e após eleição”, comenta, declarando que, obviamente, se houve segundo turno, deverá tomar alguma decisão.

Lourdes Melo falou que certos segmentos sociais precisam ter autodefesa. “É diferente da proposta de armamento do presidente Bolsonaro”, disse, defendendo a autodefesa dos trabalhadores rurais, do indígena. “Essas pessoas não vão esperar a morte e não vão defender sua terra e aldeia com arco e flecha”, disse.

Lourdes Melo defende diz que Brasil já vive caos e defende revolução (Raissa Morais)

Recursos para campanha

Para a candidata, a eleição da forma como é disputada é um jogo de cartas marcadas e para dar a vitória a quem tem dinheiro. “É uma coisa cultural”, disse, lembrando que quando está distribuindo panfletos, as pessoas perguntam se tem uma nota de R$ 50,00.

O processo eleitoral é desigual e há vários impedimentos para os partidos pequenos. “Os recursos são desiguais, não temos espaço na TV, não podemos usar carro de som, outdoor (não temos dinheiro para outdoor). É um processo desigual em que corre dinheirama para compra de voto e ainda tem o orçamento secreto aprovado pelo Centrão e pelo presidente onde não é necessário fazer a prestação de conta”, disse, destacando que o resultado de uma eleição é determinado pelo poder econômico.

Ela conclamou a classe trabalhadora para desmontar esse vício. “Precisamos lutar para mudar e acabar com a fome e o desemprego inerentes ao capitalismo”, disse, enfatizando que esse sistema econômico está na UTI e defendeu uma revolução da classe trabalhadora.

Brasil vive caos

“Defendemos um governo operário e a construção de uma sociedade socialista e comunista”, relatou a candidata, afirmando ser necessário fazer um levante popular, com greves gerais e organização de trabalhadores o campo e na cidade.

Questionada sobre o que essa revolução pode provocar, ela disse que o Brasil já vive no caos e disse que é preciso fazer a revolução por uma educação e saúde igualitária para todos.

Salários de R$ 7 mil para professores

A candidata defendeu o piso nacional da Enfermagem e disse que eles estão numa luta muito justa. “Eles trabalham dia e noite e ganham muito pouco. São eles que fazem curativo, dão remédio e são obrigados a trabalhar em vários plantões para suprir a necessidade. O piso é muito pouco”, disse, afirmando que o juiz que deu a ilegalidade da greve tem um alto salário.

Sobre a educação, ela disse que há uma luta intensa e histórica. “Lutamos pelo piso do Magistério, com o reajuste de 33,26%. O nosso piso é muito pouco e não dá para manter uma família com moradia, saúde, alimentação e lazer”, disse, defendendo piso de professor de R$ 7 mil.

Ela disse que além do salário, o professor precisa gastar com internet, com qualificação e viagens para conhecer nova cultura.

Agronegócio

Apontado como segmento que fatura muito, mas não tem a mesma geração de riqueza frente aos lucros, Lourdes Melo disse que defende a reforma agrária. “A terra é do trabalhador e os empresários do agronegócios são parasitas e vivem para sugar a terra”, disse, defendendo o fim do agronegócio e reforma agrária sob controle dos trabalhadores.



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