TSE manda Bolsonaro retirar fake news de que Marcola declarou voto em Lula

Fake news foi divulgada de forma coordenada na véspera das eleições por grupo ligado ao bolsonarismo e à desinformação

TSE | reprodução
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O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes determinou, neste domingo (2/10), que o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos Flavio e Eduardo Bolsonaro, o site O Antagonista e mais 15 pessoas e veículos de comunicação ligados ao bolsonarismo removam publicações com fake news dizendo que o traficante Marcola teria declarado voto em Luiz Inácio Lula da Silvia

O ministro estipulou multa diária de R$ 100 mil por descumprimento. 

Alexandre de Moraes, presidente do TSE

Alexandre de Moraes afirmou tratar-se de desinformação e determinou que o grupo deixe de fazer novas postagens ou compartilhamentos com o mesmo teor, sob pena de multa de R$ 15 mil.

A decisão foi tomada a partir de representação apresentada pela Coligação Brasil da Esperança, da chapa Lula-Alckmin. A coligação apontou que no sábado (1/10), às 18h45, na véspera da eleição, o site O Antagonista publicou matéria com um suposto áudio de Marcola que, além de não permitir qualquer tipo de verificação quanto a sua autenticidade, não contém qualquer informação no sentido de que o traficante teria declarado voto em Lula. 

O ministro Alexandre de Moraes entendeu que se trata de desinformação e apontou, inclusive, que Marcola está com os direitos políticos suspensos e, portanto, impedido de votar. “Ocorre que, a partir da leitura da reportagem, não se constata qualquer declaração de voto de Marcola no candidato Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu o ministro, ressaltando que se trata “da divulgação de fato sabidamente inverídico e descontextualizado”.  

Marcola está com os direitos suspensos e não pode votar 

O ministro afirma na decisão que a Constituição Federal não permite “a utilização da liberdade de expressão como escudo protetivo para a prática de discursos de ódio, antidemocráticos, ameaças, agressões, infrações penais e toda a sorte de atividades ilícitas.”

A decisão atinge diversas personalidades que vêm sendo reiteradamente condenadas pela Justiça a retirar publicações com fake news: Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, O Antagonista, Jovem Pan, Bia Kicis, Carla Zambelli, Kim Paim, Milton Neves, Jornal da Cidade On-Line, Adrilles Jorge, Silvio Navarro, Terra Brasil Notícias, Cláudio Sequeira, Paulo Martins, Leandro Ruschell, Barbara Zambaldi, Gustavo Gayer e Flavia Ferronato.



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