Em depoimento, Torres nega interferência na Polícia Rodoviária Federal

Anderson Torres disse que estava preocupado era em combater crimes eleitorais.

Anderson Torres prestou depoimento na FP | Valter Campanato/Agência Brasil
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Preso desde janeiro em um batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres saiu da sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, depois de prestar depoimento no inquérito que investiga o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar o trânsito de eleitores no Nordeste no dia do segundo turno das eleições presidenciais. Ele negou qualquer interferência em plajenamento da PRF durante as eleiões e estava mesmo preocupado era em combater os crimes eleitorais e visitar obra na superintedênica regional.

Torres está envolvido em outra investigação, que está relacionada com a suposta omissão na contenção dos atos golpistas de 8 de janeiro, que invadiu o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. No seu depoimento, Torres disse que quando esteve na Bahia tratou sobre uma preocupação manifestada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado sobre a possível falta de efetivo no dia do segundo turno.

O ex-ministro da Justiça é suspeito de utilizar a PRF em bloqueios no segundo turno da eleição para dificultar o acesso dos eleitores de Lula aos locais de votação. A suspeita é de que Torres teria solicitado à Polícia Federal que atuasse junto com a Polícia Rodoviária Federal para realizar paradas em locais em que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia recebido mais votos do que Bolsonaro no primeiro turno.

O advogado de Anderson Torres, Eumar Novacki, disse em nota após a oitiva que o "depoimento ocorreu dentro da normalidade". A nota esclarece ainda que o ex-ministro compareceu à sede da Polícia Federal, abriu mão de seu direito constitucional ao silêncio e respondeu todos os questionamentos formulados e deixou claro que jamais interferiu nos planejamentos operacionais da PF e da PRF. 

"Anderson Torres compareceu à sede da Polícia Federal, abriu mão de seu direito constitucional ao silêncio e respondeu todos os questionamentos formulados", disse o advogado, enfatizando ainda que o ex-ministro "mantém a postura de cooperar com as investigações, uma vez que é o principal interessado no rápido esclarecimento dos fatos e acredita que a verdade prevalecerá."

O depoimento estava marcado para o dia 24 de abril e foi adiado mediante pedido de advogados, que alegaram piora no estado de saúde de Anderson Torres. Torres foi preso por decisão do STF depois dos ataques às sedes dos três Poderes, no dia 8 de janeiro. Na época, ele era nomeado secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas viajou para os Estados Unidos.



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