Exclusivo Em poucas horas, CPI dos atos golpistas tem bombardeio de requerimentos

Os requerimentos são diversos, englobando desde documentos até a convocação de depoentes.

CPMI dos atos golpistas é instalada no Congresso | Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Por Francy Teixeira

Levantamento feito pelo MEIONORTE.Com aponta que poucas horas depois de ser instalada, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 08 de janeiro, já soma 87 requerimentos protocolados no Congresso Nacional. Os pedidos englobam desde a disponibilização de todas as imagens do Planalto, STF e Congresso no dia da tentativa de golpe e naqueles que o antecederam, até mesmo a lista de reserva de hóteis no Distrito Federal durante o período.

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Há também os requerimentos que versam para a convocação de depoentes pelo grupo, incluindo o ministro da Justiça, Flávio Dino; o interventor na Segurança do DF pós atos, Ricardo Capelli; assim como Coronel Cid, Heleno e o ex-ministro Anderson Torres

Ainda não foi formalizado qualquer pedido envolvendo a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar do que há um movimento sendo levantado nesse sentido por membros da Comissão.

Existem ainda os requerimentos para o compartilhamento de provas pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal, que já estão adiantados na responsabilização dos envolvidos, haja vista que mais de 1.040 já se tornaram réus, seja por serem executores materiais, incitadores, ou financiadores dos atos. 

Instalação e postos de liderança

A Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) destinada a investigar os ataques de 8 de janeiro aos Poderes da República foi instalada na quinta-feira (25). O deputado federal Arthur Maia (União-BA) foi escolhido para presidir a CPMI, enquanto a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) assumirá a relatoria. A próxima reunião irá apresentar o plano de trabalho, conforme adiantado por Gama.

Uma proposta apresentada pela bancada governista sugeriu a criação dos cargos de primeiro e segundo vice-presidentes. Porém, como o Regimento Comum do Congresso Nacional não prevê essa possibilidade, os membros da CPMI oficializaram os senadores Cid Gomes (PDT-CE) e Magno Malta (PL-ES) como primeiro e segundo vice-presidentes, respectivamente. No entanto, o senador Otto Alencar (PSD-BA), que presidiu a reunião preparatória, encaminhou o assunto para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para deliberação.

Ao assumir a presidência da CPMI, o deputado Arthur Maia declarou que as investigações seguirão os trâmites democráticos e que o objetivo da comissão é esclarecer os fatos, não confirmar narrativas.

Maia ressaltou a importância de investigar os acontecimentos de 8 de janeiro, quando houve a invasão dos Três Poderes, afirmando que a comissão estará desempenhando um papel em prol da democracia. Ele mencionou as narrativas que apontam para um possível golpe e a existência de facilitações, destacando que é responsabilidade de todos os parlamentares obter provas de forma honesta e torná-las públicas.

Por sua vez, Eliziane Gama agradeceu pela confiança depositada nela e salientou a necessidade de uma investigação séria sobre um dos atos mais terríveis da história brasileira, referindo-se aos ataques de 8 de janeiro aos Poderes da República. Ela também celebrou a representatividade das mulheres na CPMI, ressaltando que, na CPI da Pandemia, as mulheres sequer tinham assento, enquanto agora ocupam a relatoria de uma das comissões de inquérito mais importantes do Congresso Nacional, evidenciando a capacidade e o protagonismo feminino.

 



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