Entidades apelam pela liberação do empréstimo da Caixa

Piauí está lutando para liberação da 2ª parcela do empréstimo

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Mantendo o endividamento em patamar abaixo do indicado pela lei, com amortização de 11,58% no último ano, o Piauí luta pela liberação da segunda parcela do empréstimo firmado junto a Caixa Econômica Federal. Diante da importância da consecução dos recursos, que totalizam R$ 600 milhões, diversas entidades vem se mobilizando no sentido de solicitar à instituição financeira o cumprimento valor contratado, haja vista que faltam ser creditados cerca de R$ 297 milhões. A operação de crédito é destinada para a conclusão de obras primordiais nas mais distintas áreas, como infraestrutura e mobilidade urbana, sem o montante há o risco de que elas sejam paralisadas, prejudicando o andamento da economia e consequentemente, a população como um todo.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Piauí) foi a primeira a se manifestar pela liberação, indicando que o bloqueio ou a devolução de recursos prejudicaria o desenvolvimento de obras e programas sociais no Estado, o que seria um 'desserviço'. "O que está em jogo não são apenas valores financeiros, mas as necessidades prementes da sociedade piauiense, como um todo. Entendemos que cabe a todos nós a difícil tarefa de honrar os compromissos assumidos com a sociedade. Portanto, proibir o Governo de utilizar recursos legitimamente incluídos no orçamento é uma atitude contrária às necessidades dos piauienses", aponta nota assinada pelo presidente da Fecomércio, Valdeci Cavalcante.

Os balancetes fiscais do Poder Executivo reverberam o equilíbrio financeiro do Estado para quitar o empréstimo, haja vista que o Piauí fechou dezembro de 2017 com uma dívida fiscal líquida na ordem de R$ 2,603 bilhões. Enquanto em dezembro de 2015 o valor final do endividamento foi de R$ 3,040 bilhões.

Em meio a esse cenário, a Associação Piauiense dos Municípios (APPM), liderada pelo prefeito de São João do Piauí, Gil Carlos, também fez um apelo a Caixa para a liberação da segunda parcela da operação de crédito. A entidade municipalista teme prejuízos à população diante da recessão e das dificuldades enfrentadas em movimentar a economia. "O apelo se justifica na razão de que os recursos oriundos do referido empréstimo serão aplicados em obras estruturantes nos diversos municípios piauienses. Os valores tomados pelo Estado são destinados efetivamente a várias ações em diferentes territórios, para atender demandas locais, em especial na mobilidade urbana e, assim, melhoram a qualidade de vida dos cidadãos que neles residem", indica.

A entidade municipalista também pediu que o momento eleitoral e interesses partidários não retardem ou dificultem os investimentos tão necessários para os piauienses.

Tal posicionamento favorável ao destravamento do montante foi corroborado pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Piauí (Faepi), o deputado federal Júlio Césa (PSD), que encaminhou documento ao presidente da Caixa Econômica pedindo a liberação urgente. Ele destacou obras que dependem dos recursos, como em Baixa Grande do Ribeiro, no Condomínio Boa Esperança, em um trecho de 16,5 quilômetros, a Transcerrados com 117 quilômetros e a estrada de Santa Filomena a Serra da Fortaleza.

Além dos ofícios já emitidos pela Faepi e APPM, a Caixa ainda deve receber uma manifestação de deputados estaduais piauienses da base governista. O apelo deverá ser feito através de um requerimento a ser apresentado por João de Deus (PT), que é o líder do Governo na Casa Legislativa.

Repórter: Francy Teixeira



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