Estamos fazendo campanha sem baixaria, diz Wilson

As eleições este ano no Piauí dificilmente serão resolvidas no primeiro turno.

Wilson Martins | Divulgação
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As eleições este ano no Piauí dificilmente serão resolvidas no primeiro turno. Essa é a avaliação do estatístico João Batista Teles. Segundo ele, as pesquisas mostram que é "pouco provável" que haja uma definição sobre o nome do novo governador do Estado no próximo dia 3 de outubro. "Esse é um cenário específico destas eleições, já que no último pleito o Wellington Dias (PT) ganhou no primeiro turno", ressalta Teles. O estatístico pontua ainda que o crescimento do governador Wilson Martins (PSB) - que registrou 33% das manifestação de voto na última pesquisa do Instituto Amostragem - "é explicado, em parte, pelo apoio de Dias e do presidente Lula".

Sobre a possibilidade de vitória no primeiro turno, Wilson diz que ?só depende do povo piauiense?. E acrescenta: ?Se nosso povo deseja ver o Piauí seguir em frente, e se nossa gente quiser encerrar a disputa logo agora, tenho certeza que vai fazer uma grande corrente nesta reta final e garantir nossa eleição já no primeiro turno. Estamos fazendo uma campanha sem baixaria. Estamos levando propostas e conversando com o povo?.

Já o cientista político Cléber de Deus, pondera que o discurso dos membros da coligação "Para o Piauí seguir mudando", apostando em uma vitória no primeiro turno, faz parte de uma estratégia política que já alavancou Wilson de terceiro para primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. "É uma maneira de mobilizar a militância, mas com a atual configuração de forças, só haverá resultado definitivo no dia 3 se acontecer uma mudança repentina, um fato novo", lembrou Cléber.

Ele ressalta, no entanto, que o atual quadro político é típico deste ano, o que dificulta as previsões sobre apoios em um eventual segundo turno. "Em 2006 era um grupo fechado e hoje são três grandes candidatos", compara. Para o cientista político, no entanto, o fortalecimento do PSB e do PTB no interior do Estado somado com a saída dos tucanos da Prefeitura de Teresina "fragmentou os apoios" e está contribuindo para um cenário indefinido. "Temos 1/3 do eleitor governista com o Wilson e o senador João Vicente (PTB), 1/3 oposicionista com o ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB) e um terceiro bloco flutuante de eleitores. São eles que vão decidir".

Cléber de Deus ressalta também que o apoio de Lula está beneficiando mais o governador do que João Vicente. "O Wilson conseguiu uma vantagem mais rápida com esse apoio oficial. Mesmo o Lula e a Dilma apoiando os dois, um se beneficia mais que o outro", argumenta. Para ele, o Bolsa Família também tornou o voto do eleitor piauiense mais independente. "O eleitor era muito ligado aos prefeitos, e com esse recurso do Governo Federal, tem mais autonomia financeira e no voto", conclui. (S.B.)



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