Hugo Chávez visita o Brasil e assina acordos na área de energia

A visita estava marcada anteriormente para 10 de maio. Por causa de uma lesão no joelho, Chávez desmarcou de última hora o encontro

Hugo Chávez | reprodução
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, visita o Brasil nesta segunda-feira (6).

No encontro com a presidente Dilma Rousseff, está prevista a assinatura de acordos nas áreas de energia, mineração e construção civil, segundo a Embaixada da Venezuela.

Será a primeira visita de trabalho de Chávez ao Brasil no governo Dilma. O venezuelano esteve na posse da presidente, em 1º de janeiro, mas não houve reunião bilateral.

A visita estava marcada anteriormente para 10 de maio. Por causa de uma lesão no joelho, Chávez desmarcou de última hora o encontro.

Na ocasião, a embaixada da Venezuela explicou que o governante teve um agravamento da lesão e foi aconselhado por uma junta médica a permanecer em repouso. A piora ocorreu durante o esforço físico de Chávez na entrega de unidades habitacionais no dia em que embarcaria para o Brasil.

De acordo com a assessoria da embaixada venezuelana, um assunto que terá destaque durante o encontro de Dilma e Chávez, é a cooperação dos dois países no setor energético e intergração fronteiriça. Brasil e Venezuela querem diversificar a matriz de energia e ampliar parcerias na prospecção e comercialização de petróleo. Chávez e Dilma também devem tratar de segurança na fronteira, e da participação da Venezuela na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

O governo brasileiro poderá cobrar o pagamento pela estatal venezuelana PDVSA da parte que cabe a ela no empreendimento. A PDVSA é sócia da Petrobras na construção da refinaria, mas até o momento não cumpriu os pagamentos devidos. A Abreu e Lima custará cerca de R$ 16 bilhões. No entanto, nenhum acordo envolvendo o empreendimento será assinado, segundo o Itamaraty e a embaixada venezuelana.

Durante a reunião com Chávez, Dilma deverá ainda anunciar a primeira visita dela à Venezuela como presidente. Segundo o Itamaraty, ela deve embarcar para Caracas em julho para participar da Cúpula da América Latina e do Caribe. Lá, os dois presidentes devem anunciar outros acordos, principalmente na área de habitação popular.

Ainda de acordo com o Itamaraty, Chávez e Dilma deverão revisar os principais tópicos da agenda bilateral, com destaque para o comércio, a evolução de programas de cooperação nas áreas de agricultura, desenvolvimento regional, habitação popular, e universalização de serviços bancários.

Agenda

A agenda de Chávez no Brasil começa às10h30, quando será recebido no Palácio do Planalto e terá reunião bilateral com Dilma. Em seguida, os dois governantes assinarão acordos e farão uma declaração à imprensa, a princípio, sem direito a perguntas de jornalistas. Chávez e Dilma almoçam às 13h no Palácio da Alvorada

Cabe ao governo brasileiro a decisão sobre se haverá entrevista coletiva em visita de presidente estrangeiro. Desde que assumiu a Presidência, Dilma jamais permitiu perguntas nas recepções a governantes de outros países, nem mesmo na visita que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez ao Brasil, em março.

Com uma declaração à imprensa sem direito a perguntas, não será possível saber se o Brasil na gestão de Dilma manterá o forte apoio a Chávez a despeito de supostas violações, pelo venezuelano, de princípios constitucionais, como restrições à liberdade de imprensa e fechamento de emissoras de TV que criticam o governo.

Durante os oito anos de mandato de Lula, o governo brasileiro se tornou importante aliado de Chávez.

A última visita de governo do venezuelano ao Brasil foi em abril de 2010. Questionado pela imprensa brasileira sobre quando pretendia deixar a Presidência, Chávez disse: ?Quando eu vou entregar [a Presidência]? Sei lá.? A eleição presidencial no país vizinho está prevista para ocorrer em dezembro de 2012.

Chávez governa a Venezuela desde 1999. Em 2009, ele saiu vitorioso em um plebiscito que autorizava o presidente a se candidatar indefinidamente à reeleição.

Na posse de Dilma Rousseff, em 1º de janeiro, Chávez também compareceu para cumprimentar a nova presidente.



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