Justiça decide soltar Sérgio Cabral da prisão domiciliar após 6 anos

Com a decisão do Tribunal Regional Federal, o ex-governador do Rio de Janeiro deverá utilizar tornozeleira eletrônica.

Sérgio Cabral | Jason Silva/AFP
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O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, teve sua prisão domiciliar revogada pela Justiça. A decisão foi tomada pelos desembargadores da 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região na tarde desta quinta-feira (9), referente ao processo da Operação Calicute, em que Cabral foi condenado a 45 anos de prisão

Neste processo, Cabral foi acusado pela Lava-Jato de instituir um esquema de cobrança de 5% de propina do valor de grandes obras do Estado, como a construção do Arco Metropolitano, o PAC das Favelas e a reforma do Maracanã para a Copa de 2014.

Sérgio Cabral tem prisão domiciliar revogada pela Justiça | FOTO: Jason Silva/AFP

Cabral tem cumprido prisão domiciliar em um apartamento da família em Copacabana. A prisão domiciliar será substituída por medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, a apreensão do passaporte do ex-governador e comparecimento mensal à Justiça.

A decisão ocorreu por 4 a 2 votos. Cabral deixou a prisão em dezembro, após seis anos de detenção, após uma decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal que avaliou que sua prisão preventiva, que deveria ser temporária, já se estendia muito sem haver uma decisão definitiva (em última instância).

Votaram a favor da manutenção da prisão domiciliar os desembargadores federais Marcello Granado (relator) e Flavio Lucas. Já os desembargadores Andrea Esmeraldo, Simone Schreiber, Ivan Athié e William Douglas votaram para substituir a prisão pelas cautelares.

Outra ordem de prisão derrubada 

Na semana passada, o TRF-2 já tinha derrubado outra prisão domiciliar de Cabral, mas no processo da Operação Eficiência, que investigou o suposto pagamento de 16,5 milhões de dólares de propina ao ex-governador pelo empresário Eike Batista.

Antes da domiciliar, ao todo, o político cumpriu 2.219 dias de prisão, o equivalente a seis anos e 22 dias no sistema prisional do estado. Último preso da Lava Jato, ele é réu em 35 ações, mas nenhuma transitou em julgado.

O ex-governador já foi condenado em 23 ações penais na Justiça Federal, com penas que chegam a 425 anos e 20 dias de prisão, mas não houve sentença em nenhum dos casos — ainda há recursos possíveis nos processos.

Com o jugamento em segunda instância de mais 2 processos, as penas do Cabral atualmente chegam a 415 anos e 11 dias de prisão.

Com informações do g1



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