Lula tenta salvar situação na Câmara com reunião emergencial após derrotas

O ponto de preocupação da gestão versa sobre a Medida Provisória dos Ministérios, que deixa de ter validade nesta quinta-feira (1º de junho).

Lula enfrenta momento complicado com o Congresso | Tânia Rego/Agência Brasil
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O tensionamento entre o Governo Federal e a Câmara dos Deputados, liderada por Arthur Lira (Progressistas-AL) continua. Nesse sentido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou para esta quarta-feira, 31 de maio, uma reunião com os ministros de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Casa Civil, Rui Costa, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), para evitar uma nova derrota; após a aprovação do Marco Temporal e o esvaziamento das pastas do Meio Ambiente e Povos Originários. O ponto de preocupação da gestão versa sobre a Medida Provisória dos Ministérios, que deixa de ter validade nesta quinta-feira (1º de junho). Assim, a aprovação do ato que valida a reestruturação feita pelo Governo Lula precisa ser aprovada hoje, caso contrário volta-se ao que era praticado por Jair Bolsonaro (PL)

Lira e outros parlamentares do Centrão estariam insatisfeitos com a articulação política da atual gestão, cobrando uma participação mais efetiva do presidente, de modo a cumprir os acordos firmados com o grupo, seja na liberação de emendas, como também na ocupação de cargos na administração federal. O momento difícil com Lira foi piorado com o conflito local do presidente da Câmara com o senador Renan Calheiros, pai do ministro Renan Filho. Os dois grupos são rivais em Alagoas. 

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Há quem defenda que Lula se encontre nesta quarta com Arthur Lira, ou telefone para o líder da Câmara, de modo a assumir o compromisso de que ocorrerá um avanço na relação entre os Poderes e pacificar a questão. Sem esse movimento, os parlamentares ligados ao presidente da República acreditam que a sessão de logo mais seja esvaziada, ou que a MP sequer seja pautada, causando um problema sem precedentes para administração federal.

Lira apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição do ano passado e é muito ligado a ex-ministros da gestão anterior, como o senador Ciro Nogueira, porém, vem adotando uma postura de independência em relação ao Governo Lula, foi reeleito para presidir o Legislativo, inclusive, com o apoio dos deputados da base governistas. Porém, em todos os projetos de maior interesse do Executivo se vê pontos de tensão quanto a aprovação e a necessidade de uma articulação pela consecução dos votos necessários. 

A expectativa é que as próximas horas sejam cruciais para definir se a instabilidade na relação será mantida, ou se Lula conseguirá restabelecer uma relação promissora com o Legislativo. O fato é que o atual Governo está bem distante de ter uma base sólida no Congresso Nacional, e segue emperrando em dificuldades de cunho ideológico, numa nação ainda polarizada e com deputados mais alinhados à direita/extrema-direita do que ao centro/esquerda.



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