Ministro Paulo Guedes confirma auxílio de R$ 400 e defende revisão do teto

O programa, que vai substituir o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial, começa a ser pago em novembro

Paulo Guedes | Divulgação
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta quarta-feira (20) que o governo pagará R$ 400 de Auxílio Brasil até dezembro de 2022 – mas disse que ainda estuda a forma de alterar o teto de gastos para pagar o benefício.

"Estamos passando de 14 milhões para 17 milhões de famílias e ao mesmo tempo indo para R$ 400. Nenhuma família vai receber menos que os R$ 400", afirmou Guedes durante evento promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

"É um enorme esforço fiscal, e o que nós temos discutido aqui é como é que nós podemos fazer isso dentro de toda a estrutura fiscal que nós temos hoje", ponderou.

O programa, que vai substituir o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial, começa a ser pago em novembro, conforme já tinha anunciado mais cedo o ministro da Cidadania, João Roma.

Paulo Guedes confirma auxílio de R$ 400 até dezembro de 2022

Teto de gastos

Segundo Guedes, há duas alternativas em estudo para viabilizar o pagamento do benefício:

-rever o teto de gastos, acabando com o descasamento existente entre as correções do teto e das despesas obrigatórias. Com isso, o governo poderia abrir espaço fiscal no Orçamento de 2022.

-excepcionalizar a parcela do auxílio que não cabe no teto, ou seja, deixar esse montante fora da regra fiscal. Essa licença para "furar" o teto seria limitada a pouco mais de R$ 30 bilhões em 2022, segundo o ministro.

"Os salários seguem um índice, e o teto de gastos segue outro índice. Estávamos estudando se faríamos uma sincronização dessas despesas – isso seria uma antecipação da revisão do teto de gastos, que está para 2026. Ou se, ao contrário, mantém [o teto], mas por outro lado pede um 'waiver', uma licença para gastar com essa camada temporária de proteção", disse Guedes.

"Como queremos aumentar essa camada de proteção, pediríamos que isso viesse um pouco como 'waiver' para atenuar impacto socioeconômico da pandemia. Estamos ainda finalizando, vendo se conseguimos compatibilizar isso, mas o importante é que o déficit continua caindo", completou.

O ministro ressaltou, ainda, que a decisão sobre como alterar o teto será política.

"Qualquer que seja a solução, é uma solução política. Do ponto de vista técnico, nós oferecemos a nossa contribuição que é Precatórios mais IR, que é o bolsa de R$ 300, dentro do teto, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal. Essa é a resposta técnica ao desafio, mas quem tem voto é a política. E não vai ser nem a primeira nem a última vez que a Economia é só um olhar técnico dentro de um cenário um pouco mais amplo", disse Paulo Guedes.

Governo 'popular'

Durante a explicação, Guedes afirmou que o governo Jair Bolsonaro quer ser "reformista e popular", mas rejeitou a ideia de que ampliar benefícios sociais à custa do teto de gastos seja uma ação populista.

"É natural também que tenha a turma com olhar econômico, mais rígido, mais duro, de responsabilidade fiscal, de proteção da gerações futuras. Nós precisamos desse olhar e desse equilíbrio", disse.

"Nós somos um governo reformista, queremos fazer as reformas, reforma do Imposto de Renda, a reforma tributária mais ampla, a reforma administrativa, as reformas de privatizações como Correios e Eletrobrás. Nós queremos ser um governo reformista e popular, e não um governo populista. Os governos populistas estão desgraçando seus povos na América Latina. Nós somos um governo que tem o objetivo de ser reformista e popular, e não um governo populista"




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