Moraes manda abrir investigação sobre Ibaneis, Torres e mais dois

A decisão atende a um pedido da própria Procuradoria-Geral da República – a quem caberão as investigações.

Ibaneis e Anderson Torres | Paulo H. Carvalho/AG. BRASÍLIA
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido da PGR e determinou a abertura de inquérito sobre as condutas  de Ibaneis Rocha, o governador afastado do Distrito Federal e Anderson Torres, o ex-ministo da Justiça do governo Bolsonaro, durante os atos terroristas em Brasília no último domingo (8).

Ibaneis  Rocha e Anderson Torres  

A decisão foi assinada por Moraes na quinta-feira (12) e publicada nesta sexta (13), e atende a um pedido da própria Procuradoria-Geral da República – a quem caberão as investigações.

Na decisão, Moraes afirma que o "descaso e conivência" de Anderson Torres e do ex-comandante-geral da PM "só não foi mais acintoso do que a conduta dolosamente omissiva do Governador do DF, Ibaneis Rocha".

"[Ibaneis Rocha] não só deu declarações públicas defendendo uma falsa livre manifestação política em Brasília – mesmo sabedor por todas as redes que ataques às Instituições e seus membros seriam realizados  – como também ignorou todos os apelos das autoridades para a realização de um plano de segurança semelhante aos realizados nos últimos dois anos em 7 de setembro, em especial, com a proibição de ingresso na esplanada dos Ministérios pelos criminosos terroristas, tendo liberado o amplo acesso."

"Em momento tão sensível da Democracia brasileira, em que atos antidemocráticos estão ocorrendo diuturnamente, com ocupação das imediações de prédios militares em todo o país, e em Brasília, não se pode alegar ignorância ou incompetência pela omissão dolosa e criminosa", diz Moraes em outro trecho.

Serão investigados inicialmente no inquérito:

-Ibaneis Rocha (MDB), governador afastado; 

-Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública que foi ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro; 

-Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário de Segurança Pública interino do DF; 

-Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal.

Nesta quinta (12), a PGR também pediu ao STF a abertura de um outro inquérito sobre os "autores intelectuais" dos atos em Brasília. E um grupo de procuradores pediu que a PGR requeira a abertura de uma terceira investigação – esta, sobre suposta incitação de crime por parte de Jair Bolsonaro.

Nesta sexta, o governador afastado Ibaneis Rocha foi à sede da Polícia Federal em Brasília para prestar depoimento. A PF não informou em qual inquérito esse depoimento será incluído.

Na mesma decisão, Alexandre de Moraes também autoriza outras diligências requeridas pela PGR. A lista inclui:

-acionar o Ministério da Justiça para eventual pedido de investigação de possíveis crimes praticados contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva;

-acionar o interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, para prestar esclarecimentos sobre as condutas dos agentes de segurança do DF;

-determinar à Polícia Federal que, no prazo de 10 dias, envie relatório das provas já coletadas e identifique os suspeitos com foro privilegiado;

-dar publicidade à decisão para que demais vítimas dos atos terroristas possam entrar com representação na Justiça.


Leia Mais


Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES