Moraes vê ataque ao TSE e manda PF ouvir Marcos Cintra em 48 horas

Cintra teve sua conta no Twitter suspensa por “ordem judicial” após levantar suspeitas em relação às urnas eletrônicas.

Alexandre de Moraes cobra Marcos Cintra por declarações | Leo Pinheiro/Valor
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste domingo (6), que a Polícia Federal ouça em até 48 horas o professor Marcos Cintra (União Brasil), devido à divulgação de informações falsas levantando suspeitas em relação às urnas eletrônicas. 

Cintra, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke nas eleições deste ano, teve sua conta no Twitter suspensa por "ordem judicial". Na decisão, Moraes cita que as publicações do ex-secretário da Receita Federal incluem ataques ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de espalhar "notícias fraudulentas acerca do funcionamento das urnas eletrônicas e do processo eleitoral".

Ministro Alexandre de Moraes | FOTO: Nelson Jr./SCO/STF 

Uma das postagens de Cintra continha críticas às urnas eletrônicas e vinha sendo usada por bolsonaristas nas redes sociais para alegar que a eleição foi fraudada em favor do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma das publicações, Cintra questionou o fato de Bolsonaro ter zero votos em centenas de urnas, e chegou a dizer que as dúvidas sobre a eleição eram legítimas.

Em seu site pessoal, o professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) disse acreditar na legitimidade das instituições e que não admite que o TSE "seja cúmplice, no caso de descobrirem algum bug no sistema". Ele cobrou que o Tribunal se debruce sobre esses fatos e os esclareça.

Marcos Cintra teve sua conta no twitter suspensa | foto: Leo Pinheiro/Valor

Pena de multa

Alexandre de Moraes proibiu Cintra de publicar, promover, replicar e compartilhar ataques e notícias falsas sobre o processo eleitoral brasileiro, sob pena de multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento. Moraes também fixou multa diária de R$ 100 mil caso o Twitter não bloqueie os perfis ligados a Cintra. 

"Conforme se verifica, Marcos Cintra utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o Tribunal Superior Eleitoral, bem como o próprio Estado democrático de Direito, o que pode configurar, em análise preliminar, crimes eleitorais", diz a decisão do ministro.

Com informações do UOL



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