Pazuello, Queiroga e Araújo serão investigados pela CPI; confira lista

Renan Calheiros anunciou nova fase da apuração e disse ver indícios de crime de autoridades. Como investigados, eles podem ser alvos de medidas mais severas, como busca e apreensão

investigados | reprodução
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O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, e o ex-chanceler Ernesto Araújo passarão da condição de testemunhas para investigados pela CPI da Covid no Senado.

A lista inclui também outros nomes e foi divulgada nesta sexta-feira (18). Pazuello, Araújo e Queiroga, este por duas vezes, já prestaram depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a resposta do governo do presidente Jair Bolsonaro à pandemia.

A covid-19 já matou 496.004 pessoas no Brasil, segundo maior número de mortos pela doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

A medida, na prática, indica que o relator vê indícios de crimes por parte desses investigados. A lista já foi encaminhada ao presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). 

Cabe a Renan Calheiros como relator, ao final dos trabalhos, elaborar um parecer e encaminhar ao Ministério Público eventuais pedidos de indiciamento. 

CPI da covid divulga lista com nomes que serão investigados pelos senadores 

Lista investigados CPI 


Marcelo Queiroga, ministro da Saúde 

Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde 

Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exteriores 

Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social da Presidência 

Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde 

Nise Yamaguchi, médica defensora da cloroquina e suposta integrante do "gabinete paralelo"

Paolo Zanotto, virologista defensor da cloroquina e suposto integrante do "gabinete paralelo"

Carlos Wizard, empresário e conselheiro de Pazuello e suposto integrante do "gabinete paralelo"

Arthur Weintraub, ex-assessor especial da Presidência e suposto integrante do "gabinete paralelo"

Francieli Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunização 

Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas 

Elcio Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde

Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde

Luciano Dias Azevedo, anestesista da Marinha apontado como autor de proposta para alterar a bula da cloroquina, substância sem efeito contra a Covid

"Por que isso? 

Porque acentua um momento importante da investigação. Segundo, em português claro, significa dizer que com relação a essas pessoas, contra os quais já acessamos provas e indícios, nós precisamos mudar o patamar da própria investigação, transformando-os em investigados. Isso é bom para a investigação e é bom, também, para a segurança jurídica do próprio investigado", diz Renan. 

"A partir da declaração dessa condição, ele passa a ter acesso a informações e acesso às provas e indícios que estão sendo juntados na investigação", explicou. 

Dos nomes que compõem a lista, Francieli, Weintraub, Wizard, Zanotto, Angotti Neto e Dias Azevedo ainda não prestaram depoimento à comissão. Cinco dos seis já tiveram pedidos de convocação aprovado – a exceção é o anestesista Luciano Dias Azevedo. 

Além disso, Francieli, Wizard e Zanotto também tiveram os pedidos de quebras de sigilo aprovados. 

Participação de Queiroga ao depor à CPI foi "pífia e ridícula"

A inclusão de Marcelo Queiroga na lista não reuniu consenso entre os membros da CPI. Ao anunciar os nomes, Calheiros afirmou que a participação de Queiroga ao depor à CPI foi "pífia, ridícula", e que celebrou contratos para aquisição de vacinas por preço mais alto que os acordos anteriores. 

"Colocamos o ministro Queiroga, que é o atual ministro, que teve uma participação pífia, ridícula, aqui na Comissão Parlamentar de Inquérito no seu primeiro depoimento quando tentou dizer que teria autonomia que faltou a Teich e faltou a Mandetta e os fatos logo demonstraram o contrário", afirmou o relator. 

"Ele defendeu vacinação, o presidente no dia seguinte disse que iria encomendar dele um decreto e ele teria que fazer um decreto, para minimização da utilização das máscaras. Mais do que isso, o lote de vacina cuja negociação foi comandada por ele é 20% mais caro do que o contrato anterior", prosseguiu. 



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