PL pretende punir Ricardo Salles por ataque a Valdemar Costa Neto

Desde o início do ano, Salles tenta se viabilizar como “o candidato bolsonarista” à Prefeitura da capital paulista

Ricardo Salles criticou Valdemar Costa Neto por aproximação com atual prefeito paulista | Marcos Correa/PR
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Após o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) atacar o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, o departamento jurídico do Partido Liberal estuda a possibilidade de punir o parlamentar. Nesse sábado (3), Salles reagiu publicamente à aproximação da cúpula do PL e do ex-presidente Jair Bolsonaro ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição no ano que vem. 

Desde o início do ano, Salles tenta se viabilizar como “o candidato bolsonarista” à Prefeitura da capital paulista. No seu perfil no Twitter, Salles disse ter "vergonha" da aproximação com o atual prefeito de São Paulo.

"Vou explicar: Valdemar, através do Dep. Antonio Carlos Rodrigues, ex-ministro da Dilma e ATUAL elo de ligação do PL com o PT, tem 1 Secretaria e 2 subprefeituras na administração Nunes, que não apoiou Bolsonaro ano passado e ainda disse ao Estadão não querer ser o candidato da direita. Seu partido, MDB tem ministérios e é base do PT no Congresso. A Prefeitura, de Nunes e Marta, está cheia de petistas. Enfim, para o Centrão é tudo business. Não são conservadores, nem liberais e nem direita. Muito menos oposição. Jamais serão. Serão sempre governo. Não foi para isso que passamos 4 anos lutando contra a esquerda. Vergonha”, tuitou Salles.

Na sexta-feira (2), Bolsonaro e Valdemar participaram de almoço com Nunes, o segundo em menos de um mês. A aliados, o ex-presidente disse que Nunes é o “melhor nome” para disputar a eleição contra o também deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) em 2024.

Repercussão

O tuíte de Salles repercutiu dentro do partido e de acordo com dirigentes do PL ouvidos pelo Metrópoles, o departamento jurídico já está avaliando se o comportamento do deputado configura infração disciplinar. O estatudo do partido prevê como infração “grave divergência entre seus membros”, com possibildiade de punição que vai de advertência, suspensão de três meses a um ano e até expulsão da legenda. 

“Não acredito em expulsão porque é isso o que ele quer. Agora, uma suspensão poderia complicá-lo bastante, inclusive na atuação dele nas comissões da Câmara (dos Deputados)”, disse um dirigente do PL, sob reserva.



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