Políticos especulam sobre destino de Serra

Pesquisas de intenção de voto mostram queda na distância que separa Serra da ministra Dilma Roussef

Jose Serra | Divulgaçao
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A queda na distância que separa o governador José Serra (PSDB) da ministra Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de voto para a sucessão no Palácio do Planalto, como divulgada no sábado, 27, pelo Datafolha, desencadeou na rede de microblogs Twitter uma série de especulações sobre o destino político do provável candidato tucano à Presidência da República.

Parlamentares que integram a base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva apostam na desistência do governador de São Paulo na corrida presidencial, enquanto integrantes de partidos da oposição dão como certa a continuidade de Serra na disputa. De acordo com o Datafolha mais recente, as intenções de voto em Serra recuaram de 37% para 32%. Já Dilma subiu de 23% para 28%.

No front oposicionista, os tucanos que integram a rede de microblogs preferiram não comentar sobre a pesquisa ou a possível desistência do governador de São Paulo. O próprio Serra, o ex-governador Geraldo Alckmin (SP) e os senadores Eduardo Azeredo (MG), Flexa Ribeiro (PA) e Marconi Perillo (GO) não citaram nem comentaram a pesquisa. O senador Álvaro Dias (PR) e o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, publicaram o resultado do Datafolha, mas não se alongaram sobre os resultados.

A defesa da eventual candidatura do governador paulista ficou a cargo dos democratas. Tido por internautas como um dos polemistas do Twitter, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) insistiu em dois tweets que Serra não deixará a corrida presidencial. "Eu disse semana passada e repito: José Serra está na pista, em velocidade para decolar. Não tem como mais desistir. Se frear, é acidente", comparou o parlamentar. O democrata atribuiu a escalada de Dilma dos 23% para os 28%, de acordo com o Datafolha, a uma "campanha antecipada" da petista. "Quando José Serra colocar o bloco na rua, o cenário se reverte", acredita.

Outro oposicionista que saiu em defesa de Serra foi o deputado federal Efraim Filho (DEM-PB). De acordo com ele, o cenário deve sofrer mudanças quando o candidato tucano assumir a candidatura à sucessão no Palácio do Planalto. "Está na hora do Serra tirar o paletó de presidente e calçar o tênis de candidato", afirmou.

Torcida contra

Entre os governistas, o primeiro a levantar a bandeira da possível desistência de José Serra foi o deputado federal Rubens Otoni (PT-GO). Em quatro tweets, o parlamentar recordou das eleições de 2006, quando, de acordo com ele, Serra "empurrou o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP)" para a disputa depois de perceber que sairia derrotado de um enfrentamento com o presidente Lula. "Serra fica no governo de São Paulo ou sai pra perder a eleição?", questionou. "O problema do PSDB é que se o Serra não for candidato, quem vai ser?", acrescentou.

O deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT-MS) afirmou por meio de sua rede de microblogs que a queda do governador paulista na última edição do Datafolha "tem deixado os tucanos à beira de um ataque de nervos". A opinião de Biffi foi endossada por outros governistas, segundo os quais a pesquisa faz crescer a possibilidade "de desistência de Serra". "Bateu o pavor nos tucanos", ironizou o deputado federal Pompeu de Mattos (PDT-RS). Há agora "um salve-se quem puder", zombou o deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ).

Os desejos petistas, no entanto, são amenizados pelo ex-presidente do PT Ricardo Berzoini (SP), para quem ainda falta chão para a consolidação da candidatura de Dilma Rousseff. "É uma boa pesquisa pra ver que estamos no caminho certo. Mas é bom ter pé no chão, treino é treino, jogo e jogo, dizia o velho treinador", teorizou o deputado.



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