PP e Republicanos anunciam nomes bolsonaristas para CPMI

Quatro senadores da bancada opositora ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram oficialmente anunciados pelos respectivos partidos – os quais possuem uma aliança política – para ocupar as cadeiras destinadas ao Progressistas (PP) e Republicanos. Os senadores irão se juntar a outros indicados, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), para discutirem pautas relacionadas ao atentado do 08 de janeiro.

O ofício de apresentação foi remetido à Secretaria Geral da Mesa (SGM) do Congresso, o qual é presidido pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). No documento, os nomes indicados pela linha opositora são dos senadores Esperidião Amin (PP-PR), Damares Alves (Republicanos-DF), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG).

Os dois primeiros senadores citados já se encontram na condição de titulares da comissão; enquanto que os dois últimos, de suplentes. O bloco extremista ficou com duas vagas, no total, quando realizada a divisão dos 32 assentos. A distribuição do número de cadeiras é baseada no Regime Comum tanto da Câmara quanto do Senado.

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PL e Novo

No Senado, as siglas de oposição ao governo petista ainda possuem duas outras cadeiras destinadas ao Partido Liberal (PL) – que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro – e mais duas ao Partido Novo, todas para o cargo de suplentes. Porém, ao analisar as regras de distribuição de lugares na CPMI, o presidente da Casa entendeu que o Novo não cumpre todos os requisitos para preencher espaço no colegiado. Com isso, o único senador do partido, Eduardo Girão (Novo-CE), foi indicado a participar.

Embate ao governo

A CPMI do 08 de janeiro minou a bancada bolsonarista ao priorizar blocos e legendas de posicionamento governista e moderado. O partido do presidente Lula, entretanto, soma no máximo cinco cadeiras. O Partido Social Democrático (PSD), de Gilberto Kassab, e o União Brasil, de Luciano Bivar, são as siglas com mais vagas na comissão.

Arthur Maia (União Brasil-BA) deve ocupar a presidência; e Eduardo Braga (MDB-AM), a relatoria, mas a decisão ainda não foi confirmada.