O presidente do Peru, Pedro Castillo, declarou, nesta quarta-feira (07), que vai dissolver o Parlamento do país e convocar novas eleições. O chefe de Estado, que sofre um processo de impeachment, também declarou estado de emergência em território peruano e impôs toque de recolher em todo o país.
O pronunciamento do presidente, em televisão aberta, ocorreu horas antes da sessão em que o pedido de destituição mais recente seria votado, primeira etapa para iniciar novo processo formal de retirada dele do governo. No discurso, o presidente anunciou que vai instaurar um governo de emergência excepcional, convocar novas eleições para o Congresso e elaborar outra Constituição em até nove meses.
“Os meus adversários políticos mais extremos, em um ato inédito, se unem com o único propósito de tomar o poder sem terem ganhado anteriormente uma eleição. Essa situação intolerável não pode continuar. Por isso, atentos às reclamações dos cidadãos, tomamos a decisão de estabelecer um governo de exceção, orientado para restabelecer o estado de direito e a democracia”, afirmou.
Também ficou estabelecido toque de recolher entre as 22h e as 4h, no horário local, e a obrigatoriedade de devolução de armas ilegais, sob pena de prisão.
IMPEACHMENT
Na semana passada, o Congresso peruano aprovou a abertura de um processo de impeachment contra Castillo, que é acusado pela oposição de "incapacidade moral" para ocupar o cargo. Esta é a terceira tentativa formal de derrubar o líder de esquerda desde que ele assumiu o cargo, em 2021.
A pressão aumentou também depois que o Congresso começou a avaliar uma denúncia do Ministério Público contra Castillo por suspeita de corrupção. A Promotoria pede que ele seja afastado temporariamente do cargo.
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