O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não fez nenhuma pergunta ao ministro Antonio Palocci (Casa Civil), sobre o aumento do seu patrimônio. Segundo informa reportagem de Andreza Matais, Matheus Leitão, Rubens Valente e Natuza Nery publicada na Folha desta quinta-feira, Gurgel apenas encaminhou as representações dos partidos de oposição e pediu que ele se manifeste a respeito.
Na prática, o pedido de Gurgel --que é o favorito de Dilma para seguir à frente da procuradoria-- significa que Palocci poderá falar de forma genérica. O ministro encaminhou parte de suas explicações na sexta-feira (27). Nesta terça, ele enviou a segunda parte.
A partir da resposta de Palocci, Gurgel tomará a decisão de abrir ou não investigação para apurar indícios de enriquecimento ilícito, tráfico de influência, improbidade administrativa e prevaricação.
CONGRESSO
Após "cochilo" da base aliada, a oposição conseguiu aprovar na quarta-feira (1º) requerimento em que o ministro é convocado a dar explicações sobre o seu patrimônio na Comissão de Agricultura da Câmara.
A medida, no entanto, foi suspensa pelo presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), que pediu uma semana para analisar o vídeo da comissão, as notas taquigráficas e todos os demais registros, além de ouvir o presidente da comissão. A decisão final sobre o assunto será anunciada na sessão da próxima terça-feira (7).
A Folha revelou que Palocci multiplicou por 20 seu patrimônio em quatro anos. Entre 2006 e 2010, passou de R$ 375 mil para cerca de R$ 7,5 milhões.
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