Segurança de Carla Zambelli é preso por tiro em perseguição a homem negro

O Grupo Prerrogativas, coletivo formado por juristas em defesa dos direitos humanos, denunciou a deputada federal por racismo.

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O segurança da deputada Carla Zambelli (PL) foi preso em flagrante por disparo de arma de fogo. Ele se envolveu na confusão em que a parlamentar perseguiu um homem negro durante uma discussão apontando uma arma contra ele. A informação é do  delegado Percival Alcântara, titular do 78º DP de São Paulo

A confusão foi registrada em vídeos por diversos ângulos, por testemunhas e pela própria equipe de Carla. Empunhando uma pistola, a parlamentar atravessou um cruzamento e seguiu em direção ao bar onde o homem havia entrado. Em um vídeo que registrou a cena, é possível ouvir a deputada gritar: "Deita no chão". 

Ainda não há informações sobre a identidade do segurança e nem sobre para onde ele foi levado após a prisão. Em suas redes sociais, Carla Zambelli mostrou um machucado no joelho e disse que, antes de sacar a arma, havia sido cercada e agredida.

Um vídeo gravado por pessoas que presenciaram o episódio, entretanto, mostra que, momentos antes de apontar a arma, a deputada havia tropeçado e caído no chão quando tentava perseguir o homem.

Em seguida, um segurança da parlamentar a socorreu e também passou a perseguir o homem, segurando uma arma. No registro, ainda é possível ver que o segurança chutou o homem, e um barulho de tiro pode ser ouvido.

Segurança de Carla Zambelli é preso por tiro em perseguição a homem negro (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

O homem negro perseguido diz estar assustado e falou sobre racismo no caso. Segundo a defesa de Luan Araújo, ele vai prestar queixa de ameaça e racismo contra a parlamentar. Carla Zambelli nega racismo no caso.

Ao dar sua versão sobre o que ocorreu, Zambelli disse que "usaram um negro" para ir em cima dela. O Grupo Prerrogativas, coletivo formado por juristas em defesa dos direitos humanos, denunciou a deputada federal por racismo.

Um relatório produzido pelo setor de inteligência e combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que a conduta da deputada federal pode configurar crime eleitoral.

O relatório foi feito a pedido de um juiz auxiliar da presidência do TSE, a partir dos vídeos divulgados em redes sociais por testemunhas do caso e pela própria deputada.

 



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