Simone Vasconcelos agiu a mando de Valério, diz advogado

Defensor disse que ela usou carro-forte por “medo’ de ‘saidinha de banco”.

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O advogado Leonardo Isaac Yarochewsky, que defende Simone Vasconcelos ? diretora de uma das agências de Marcos Valério ?, disse nesta terça-feira (7), durante o julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), que sua cliente deu dinheiro a políticos ?a mando? do chefe e que não tinha conhecimento de um suposto esquema de compra de votos.

?[Simone] em momento algum negou que, a mando de Marcos Valério, entregou várias quantias em dinheiro para vários parlamentares, mas Simone não sabia quem eram esses parlamentares, não conhecia a composição partidária. [...] Isso é problema do patrão?, afirmou Yarochewsky, que falou por quase uma hora em defesa da cliente.

Na denúncia, a procuradoria relatou que diretora administrativa da SMP&B era responsável por orientar os parlamentares sobre como e onde receber o dinheiro do esquema do mensalão.

A denúncia diz que era ela quem dava instruções ao Banco Rural, que forneceu empréstimos para o suposto esquema, e também teria feito diversos saques e repassado dinheiro pessoalmente a parlamentares.

O advogado Leonardo Yarochewsky citou ainda o fato de sua cliente ter usado, em uma oportunidade, um carro-forte para transportar dinheiro que seria entregue a políticos. O fato foi citado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em sua argumentação na última sexta (3).

?Simone fez isso [levou dinheiro a parlamentares] à luz do dia. Ah, mas teve um dia que ela pegou carro-forte. Pegou, com medo. As saidinhas de banco. Não sei se o procurador tem conhecimento, mas saidinha de banco acontece a toda hora?, argumentou o advogado.

Segundo o defensor, Simone Vasconcelos não tinha conhecimento de irregularidades. ?Muitas dessas pessoas que ela entregou dinheiro ela ficou sabendo na hora quem era pela descrição de roupas. E as pessoas a conheciam porque ela era, é, uma mulher bonita, vistosa, e chegava numa agência pequena, diferente dessas agências de rua, onde ela então repassava esses dinheiros?, afirmou.

Leonardo Yarochewsky afirma ainda que sua cliente chegou a separar documentos da empresa para obtenção de empréstimos no Banco Rural.

?Se o empréstimo é fajuto, é uma farsa, é uma fraude, não precisava disso tudo. Tudo seria feito na calada da noite e não numa agencia bancaria que funcionava regularmente dentro de um shopping center.?



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