BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - O plenário virtual do STF (Supremo Tribunal Federal) avalia nesta quarta-feira (11) as decisões do ministro Alexandre de Moraes sobre o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e a prisão do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres.
Os quatro ministros que votaram até o momento acompanharam as decisões de Moraes nos dois casos: Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Moraes afastou Ibaneis na madrugada de segunda-feira (9), apontando o descaso e a convivência do governador com os atos golpistas que estavam sendo planejados em Brasília no domingo (8).
Moraes argumentou que as condutas do ex-ministro da Justiça e do ex-comandante da PM do DF são gravíssimas e colocam as vidas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deputados federais, senadores e ministros da corte em risco.
Em seu pedido de prisão,"É razoável que, ao menos nesse primeiro momento da investigação, onde a manutenção do agente público no respectivo cargo poderia dificultar a colheita de provas e obstruir a instrução criminal, direta ou indiretamente por meio da destruição de provas e de intimidação a outros servidores públicos, se determine a prisão de ambas as autoridades", justificou o ministro.
O governador, escreveu Moraes, "não só deu declarações públicas defendendo uma falsa 'livre manifestação política em Brasília' como também ignorou todos os apelos das autoridades para a realização de um plano de segurança semelhante aos realizados nos últimos dois anos em 7 de setembro".
Nos dois feriados, o governador restringiu a entrada de pessoas na Praça dos Três Poderes, o que não ocorreu no domingo (8). Já Torres teve sua prisão ordenada ontem. Além da prisão, Moraes também autorizou buscas na residência do ex-ministro do governo Bolsonaro, que estava nos Estados Unidos no dia dos atos terroristas na capital federal.
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