TJ notifica Eliardo em processo de Marcelo Castro

Castro acusa Eliardo dos crimes de calúnia, injúria e difamação.

Eliardo Cabral. | Arquivo Meio Norte
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O promotor de Justiça Eliardo Cabral foi notificado na última quarta-feira pelo Tribunal de Justiça do Piauí sobre a ação movida pelo deputado federal Marcelo Castro (PMDB).

Castro acusa Eliardo dos crimes de calúnia, injúria e difamação. Eliardo Cabral e o promotor Ubiraci Rocha foram designados pela procuradora geral de Justiça Zélia Saraiva para acompanhar as investigações em torno da morte de Fernanda Lages Veras.

Eliardo tem até 15 dias para responder a notificação por escrito. Marcelo Castro apresentou como testemunhas os deputados Mauro Tapety (PMDB), Kléber Eulálio (PMDB), Roncalli Paulo (PSDB) e o agropecuarista Augusto César Abreu da Fonseca.

"Ele disse na imprensa que "figurões" do PMDB estavam envolvidos no assassinato da Fernanda Lages e em seguida, em outras reportagens, falou que esse figurão era o deputado Marcelo Castro, por isso estou processando ele", afirmou Castro. O promotor nega que tenha se referido a Marcelo Castro como figurão.

"Só se fosse loucura da minha parte. Eu não citaria o nome desse deputado como "figurão" nem brincando". Nunca o tive como "figurão" e até me surpreende a presunção dele de chamar para si essa glória que não é para ele", disse Eliardo Cabral. O desembargador Fernando Carvalho Mendes é o responsável pelo processo no TJ-PI.

O advogado Jurandy Porto defende Marcelo Castro. O promotor diz que sua defesa será feita por Jesus Cristo, mas oficialmente ainda não há defesa designada para ele. "Mas aceito quem queira fazer minha defesa, está bem fácil", pontuou Eliardo Cabral.

Por ser promotor, Eliardo tem foro privilegiado para responder às acusações do processo movido pelo deputado peemedebista. O Ministério Público questionou o resultado do inquérito da Polícia Civil, que não apontou os responsáveis pela morte da estudante.

Por solicitação do governador Wilson Martins, a Polícia Federal entrou no caso da morte de Fernanda Lages. A solicitação foi feita pessoalmente pelo governador ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em outubro do ano passado.

O corpo da jovem, que é filha do ex-vereador de Barras Paulo César Lages Veras, foi encontrado na manhã do dia 25 de agosto de 2011 na obra do prédio da Procuradoria Geral da União (PGU), órgão ligado ao MPF, localizado na avenida João XXIII, zona Leste de Teresina.

O sobrinho do deputado Marcelo Castro, o engenheiro Jivago Castro, foi ouvido nas investigações da Polícia Civil e negou, inclusive, que conhecesse Fernanda Lages Veras.



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