União entre PT-PMDB dobra tempo de televisão para Dilma Rousseff

O interesse do PT está no fato de o PMDB ser hoje a principal legenda do país, com o maior número de prefeitos e congressistas

Dilma Rousseff pré-candidata para 2010 | Divulgação
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O pré-acordo eleitoral formalizado ontem entre o PT e o PMDB para as eleições 2010 vai garantir à pré-candidatura à Presidência da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), o dobro de tempo de propaganda gratuita na TV, informam Letícia Sander e Fábio Zanini em reportagem publicada nesta quarta-feira na Folha.

O interesse do PT está no fato de o PMDB ser hoje a principal legenda do país, com o maior número de prefeitos e congressistas. Por isso, tem o maior tempo de TV no horário eleitoral gratuito da campanha.

Segundo a reportagem, o PMDB pode chegar a ter 16% do tempo semanal de propaganda na TV. O PT teria 15% e o PSDB, 13%. Isso levando em consideração a hipótese de sete candidaturas à Presidência: Dilma, o governador José Serra (PSDB-SP), a senadora Marina Silva (PV-AC), o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) e mais três candidaturas de partidos nanicos.

O pré-acordo PT-PMDB foi formalizado ontem durante jantar no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na presença da cúpula dos dois partidos, o PT ofereceu a vice-presidência na chapa de Dilma ao PMDB. O nome mais cotado para a vaga é o do presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP).

Os peemedebistas têm dois problemas para administrar antes de formalizar a aliança: a ala dissidente da legenda que defende o apoio a Serra e as resistências estaduais à união com o PT. No que diz respeito aos dissidentes, os peemedebistas reconhecem que não terão forças para unir a legenda em torno de Dilma.

O pré-acordo é simbólico, uma vez que a aliança precisa ser aprovada na convenção dos dois partidos em junho de 2010.

O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse ontem após o jantar que as legendas estarão unidas para as eleições do ano que vem, mas o acerto final será definido depois das convenções.

"Destacamos desde já que a chapa majoritária tem a composição do PT e do PMDB, que definimos como a representação dos dois maiores partidos que sustentam o governo Lula e que pretendemos que sustente a candidatura da ministra [da Casa Civil] Dilma Rousseff", disse.

Presidente licenciado do PMDB, Temer afirmou que o acordo prevê que os partidos estarão juntos, inclusive, para a formulação do programa de governo da chapa.

O deputado avaliou que "seria mais útil" uma coalização dos vários partidos que compõem atualmente a base de apoio ao governo Lula. "Seria útil que se tivesse um bloco com uma candidatura e mais um bloco com outra. Seria útil para os costumes políticos do país", afirmou.

Caciques

As principais lideranças do PT e do PMDB participaram ontem do jantar. Entre os petistas, além de Lula, Dilma e Berzoini, os ministros Tarso Genro (Justiça), Paulo Bernardo (Planejamento), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), assim como parlamentares do partido.

No PMDB, participaram do jantar Temer, os ministros Hélio Costa (Comunicações), Nelson Jobim (Defesa), Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), líderes e parlamentares --como o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e o líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL).

Segundo parlamentares peemedebistas, Lula entrou campo para dar força ao acordo entre o PT e o PMDB. Com o presidente participando diretamente das negociações, a cúpula peemedebista avalia que terá mais força para defender dentro do partido a aliança formal com os petistas.



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