Wellington Dias 'acalma' mercado, mas crava: “Lula não abre mão do social”

Em entrevista à GloboNews, o senador eleito pelo Piauí sugeriu cortes na máquina pública e um teto para investimentos.

Em entrevista à GloboNews, o senador eleito pelo Piauí sugeriu cortes na máquina pública e um teto para investimentos. | Raissa Morais
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Em entrevista a GloboNews na sexta-feira, 11 de novembro, o senador eleito pelo Piauí, Wellington Dias (PT), que coordena as discussões relativas a adequação do Orçamento para o próximo ano, reiterou o compromisso do presidente eleito Lula com a responsabilidade fiscal, mas sinalizou que ele também 'não abre mão do social'.

O líder piauiense, cotado para assumir um Ministério, detalhou que Lula já provou nas suas gestões anteriores que equaciona bem essa relação. Na ocasião, ele sugeriu que o Governo adote uma meta de investimentos, como parte dos estados nordestinos fez, inclusive o Piauí.

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"O país tem 25 bilhões para investimentos para 2023, isso é quase zero. Eu compreendo que lá em 2023 no Congresso Nacional, estamos trabalhando na perspectiva de ter condições para investimentos, porque não tem meta para investimento? O presidente Lula já foi presidente do país e já comprovou seu compromisso com a responsabilidade fiscal, mas não abre mão do social, isso é o que está no seu programa", disse.

Outra meta versaria para a retomada de obras paralisadas, o senador eleito indicou que a transição está identificando empresários que entregaram equipamentos e não receberam. "A realidade é de obras paralisadas, de empresários que entregaram equipamentos e não conseguiram receber. O que trabalhamos é a realidade de cada obra, onde está o investimento".

Quanto a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, Wellington destacou que a ideia é excepcionalizar o valor completo do auxílio emergencial, liberando cerca de R$ 105 bilhões para outros programas, como Farmácioa Popular, merenda escolar, assistência às universidades, entre outras medidas.

"Isso alivia do orçamento e de forma transparente teremos a destinação de item por item, dinheiro que vai para farmácia popular, vai ter esse valor".

Wellington Dias coordena as discussões sobre a adequação do Orçamento (Foto: Raissa Morais)

Recepção da Proposta no Congresso

Em relação a recepção do Congresso Nacional, o senador eleito demonstrou que o diálogo tem sido positivo. "Tivemos a reunião com o senador Rodrigo Pacheco, o presidente da Câmara Arthuir Lira, muita boa vontade do Congresso Nacional, entendendo que no ano que vem é preciso cuidar de quem mais precisa".

Segundo piauiense, a equipe de transição trabalha no sentido de garantir a estabilidade e previsibilidade. Assim, pontua para o planejamento de que os valores do Bolsa Família fiquem fora do teto por quatro anos.

"Vamos resolver o problema da fome em 2023? Não,mas vamos trabalhar para isso. O que se deseja para evitar tensão em cada ano, a discussão é faz prevendo para quatro anos, ou se tratando de um programa que faz uma duração maior, deixa sem previsão".

"O presidente sumiu"

Wellington Dias reverberou que Jair Bolsonaro é o presidente até 31 de dezembro e precisa chamar a sua equipe e 'cuidar do Brasil'. De acordo com ele, o líder da República fez uma 'enganação' no período eleitoral, e o reflexo desse movimento começa a ser sentido com a alta da inflação.

"Daqui até 31 de dezembro quem é presidente é Jair Bolsonaro, o povo percebe que o presidente sumiu, o presidente desapareceu, aquela enganação que se fez com o combustível agora chegou a hora de pagar a conta. Daqui para dezembro o presidente tem que chamar a sua equipe e cuidar do Brasil".

Cortes nos gastos da administração federal

Para viabilizar a responsabilidade fiscal, Dias sugere que cortes estão sendo estudados, e onde tiver excesso de gastos será cortado. "Vão cuidar sim para toda a responsabilidade fiscal, vai ter corte? Vai ter corte. Tem excesso de viagem? Corta. O que tiver de combustível será cortado. Temos que fazer o país crescer. A gente precisa fazer o Brasil crescer", disse.

"De um lado ter condição de toda a proteção social, de outro lado ter recursos para investimentos. Esse Brasil com PPPs, capacidade de investimento público.



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