Wellington Dias diz que há um movimento anti-partido, não anti-PT

Governador discursou durante sessão solene em homenagem aos 35 anos de fundação do PT e avaliou que o momento tem um movimento onde a população se coloca antipartido

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Os 35 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores foi lembrado ontem durante sessão solene no plenário da Assembleia Legislativa do Piauí. A homenagem contou com a participação do governador Wellington Dias, que além de destacar a história da sigla como um partido de massa, classificou como delicado o momento político atual com a criminalização da atividade política no País.

“Estamos vivendo um momento delicado da vida nacional. Eu sei que muitos pensam que há um movimento anti-PT.

E isso é natural porque nosso partido está na Presidência. Eu também vivi um momento onde o movimento parecia ser anti-PFL e até anti-PMDB. Mas o movimento que existe muito forte no país hoje é o anti-política, é o anti-partido”, disse Wellington. Para justificar o governador revelou dados de pesquisas nacionais que apontam que o PT tem a preferência de 25% dos eleitores do Brasil. O PMDB tem entre 6% e 7%. Mas 60% da população responde que é anti qualquer partido político do País. “Mais da metade, cerca de dois terços, é contra qualquer partido. Se não é partido, é o que? É ditadura, é reinado, colônia, golpe militar, golpe de alguém. Eu prefiro a democracia”, lembrou Wellington.

O governador defendeu pontos específicos da reforma política com o fim do financiamento privado de campanhas no País. “Nenhum partido na minha avaliação sobreviverá às regras da política que tem nesse País. Não tem salvação para nenhum partido na relação com o povo nas regras atuais. Financiamento de pessoa jurídica é anti-vontade do povo. Enquanto isso estiver haverá crime, corrupção e criminalização da política”, afirmou Wellington ressaltando que o preço da democracia requer o financiamento público das campanhas no Brasil.

Wellington criticou ainda o que classifica como desvalorização dos partidos e o incentivo ao confronto interno como nas eleições proporcionais. “Nós temos um modelo onde partido não vale nada. E as pessoas dizem isso naturalmente. Dizem que votam na pessoa e não gostam de partido. Isso é o que tem de mais anti-democracia.

Temos um modelo que faz guerra interna onde um filiado disputa com outro. A disputa ocorre dentro do partido”, lembrou Wellington.

IDEOLOGIA - Na sessão solene que comemorou os 35 anos do PT na Assembleia o governador Wellington Dias enalteceu a busca do partido pela igualdade social, reverberada nas políticas adotadas há doze anos. “Nosso desejo é que a gente tenha um partido capaz de trabalhar o Poder pelo interesse do povo, colocando sempre o interesse do povo em primeiro lugar”, afirmou o governador do PT.

Em entrevista ao Jornal Meio Norte, o Chefe do Poder Executivo destacou que é o momento de atualizar as bandeiras do partido, tendo em vista a experiência bem-sucedida nas áreas almejadas no início da atuação. “Há ainda uma longa caminhada, por isso eu defendo que temos que atualizar o partido às bandeiras do momento e uma das coisas que eu quero como governador, como líder, é fazer a reflexão da necessidade de uma profunda mudança na política”, informou Wellington.

“Começamos com meia dúzia de teimosos”

A senadora Regina Souza (PT) se emocionou ao lembrar o início da trajetória do PT. “A gente começou com meia dúzia de gente teimosa que foi mobilizando a massa, mobilizando o povo para poder chegar onde nós chegamos.

Nunca imaginei chegar a ser senadora, não tinha grandes perspectivas, era muito difícil imaginar que ia pelo menos estudar”, disse.

Ela ressaltou a felicidade com as mudanças concretizadas no Piauí nos últimos 12 anos e garantiu que a sigla continuará priorizando os mais pobres. Nesse sentido, o deputado federal Assis Carvalho complementou. “O mote principal do nosso partido foi a inclusão social, incluímos brasileiros, onde o filho de uma doméstica estuda ao lado de um filho de banqueiro, o PT democratizou também o direito da pessoa ir e vir, elevou a autoestima das pessoas mais humildes”, afirmou.

“Eu me orgulho do PT. Enquanto eles perpetuam a pedagogia do medo. Nós perpetuamos a pedagogia da esperança”, declarou a presidente do diretório estadual do PT, a senadora Regina Sousa, na sessão solene em homenagem aos 35 a anos do Partido dos Trabalhadores, realizada na Assembleia.

FÁBIO NOVO - O deputado estadual Fábio Novo (PT) enalteceu os avanços conquistados no Piauí por intermédio da gestão petista durante a sessão solene que comemorou os 35 anos de fundação do PT. S segundo o parlamentar, o Estado deixou de ser o “patinho feio” da nação e hoje, começa a planejar voos mais altos.

“O legado que a gente deixa é de ter melhorado a qualidade de vida das pessoas, em 2003 nós tínhamos o Piauí como o Estado mais pobre do Brasil, o patinho feio, como o Estado que tinha mais da metade de sua população na extrema pobreza, isso foi reduzido. Em 2003 toda a soma da riqueza que produzia chegava a R$ 7 bilhões e ao final do Governo PT tínhamos praticamente dobrado o PIB do Piauí e hoje chega a casa dos R$ 30 bilhões”, declarou.

Entusiasmado, Novo ainda citou a importância de figuras do povo na consolidação da sigla, como o ex-presidente Lula e a ex-governadora Benedita da Silva em âmbito nacional, e a ex-deputada federal Francisca Trindade.



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